A VOZ DO BRASIL: 83 ANOS NO AR!

NO INICIO SE CHAMAVA PROGRAMA NACIONAL, DEPOIS, A HORA DO BRASIL E HOJE É A VOZ DO BRASIL.

                                            Presidente Getúlio Vargas: 

                               consciência da força do rádio dos anos trinta. 

Como ditador, Getúlio sentia necessidade de manter uma imagem positiva perante o grande público e conquistar novos simpatizantes. Sabia que outros ditadores em diversos países do mundo utilizavam o rádio para divulgar os atos e as obras do governo. 

Generalíssimo Franco: Voz decisiva na Espanha

Oliveira Salazar falava pela Emissora Nacional de Lisboa

Benito Mussolini:

 discursos fascistas pela rádio da Itália

Longas falas de Hitler transmitidas pelo rádio levantaram a juventude alemã rumo ao nazismo

Juan Domingo Perón: Argentina sintonizada

Assim era com Franco na Espanha, Salazar em Portugal, Mussolini na Itália, Hitler na Alemanha e outros governantes totalitários espalhados pela América Latina, incluindo ai o hermano Perón na Argentina.

Getúlio possuía um amigo de infância em quem confiava muito e que sabia das coisas:  Armando Campos. Pois coube a ele criar esse programa radiofônico, que se chamou “Programa Nacional”, que indo ao ar pela primeira vez no dia 22 de julho de 1935 se constituiu no cerne do que seria o que  hoje conhecemos pelo nome de “A Voz do Brasil”. 

                                                  Locutor Luiz Jatobá: 

                                           voz que começou no Brasil

             e chegou a Hollywood narrando documentários da Metro.

Na época, coube ao locutor Luiz Jatobá apresentar  os primeiros noticiários..

A mudança de nome para a “Hora do Brasil”, ocorreu em 1938. 

Getúlio usava o programa para se dirigir

 diretamente ao povo anunciando seus feitos. 

A transmissão era obrigatória, como acontece hoje, por todas as estações de rádio do país e buscava cumprir três finalidades: informativa, cultural e cívica.  A informativa se restringia, é claro, a divulgar os atos do governo, enquanto que no espaço cultural se divulgava “a boa música brasileira, através de autores considerados célebres”.  Havia também comentários sobre arte popular em suas várias expressões regionais e falando de pontos turísticos do Brasil. Na parte cívica havia exaltação a feitos da nacionalidade. E tinha também radioteatro com dramas históricos, como a retirada da Laguna, abolição da escravatura ou a proclamação da República,  a cargo de dramaturgos da época. 

Joracy Camargo se tornaria membro da Academia Brasileira de Letras

Um deles que muito escreveu essas pequenas peças foi Joracy Camargo. O governo trabalhista de Vargas tinha como ministro do Trabalho Alexandre Marcondes Filho, que entre janeiro de 1942 e julho de 1945 fez mais de duzentas palestras na “Hora do Brasil” e que eram publicadas no dia seguinte no jornal A Manhã, pertencente ao governo. 

Além de "aturar" as falas do ministro pelo rádio, 

havia também a publicação no jornal do governo.

O povão não perdoou e o programa passou a ser chamado também de “Fala Sozinho”. O jornal bem que se esforçava e fazia enquetes pelas ruas da cidade, buscando reforçar uma impressão favorável da Hora do Brasil. Mas não houve jeito. O apelido pegou.

Houve um período,  em que o programa sofreu uma redução e seu inicio era as sete e meia da noite e ia até às oito. Mas sempre se chamando      “A Hora do Brasil”.

Depois voltou a ter uma hora, sendo que a partir de 1971 passou a se chamar “A Voz do Brasil”.

Mesa de som dos anos setenta: discos e gravador de rolo

Senhores ouvintes, boa noite!

Hoje em dia, além do Executivo nos primeiros 30 minutos, o Poder Legislativo, Poder Judiciário e o Tribunal de Contas dividem a segunda meia hora.

Em Brasilia, dezenove horas!

Locutores competentes a postos:

 recado para todo o país.

Nos dias de hoje a programação tem um enfoque mais moderno e jornalístico, buscando atrair o público dos mais isolados pontos do país.

A Voz do Brasil, entrou para o Guiness Book em 1995 como o programa de rádio mais antigo do Brasil e o mais longevo do Hemisfério Sul.

Sua retransmissão obrigatória, que gera muitas controvérsias. Exceções para mudança de horário de transmissão, somente com autorização e em casos excepcionais. Copa do Mundo, por exemplo.

Recebendo prós e contras, este velhinho de 83 anos, gerado em plena ditadura Vargas resiste ao tempo.

Sua retransmissão obrigatória, sempre gerou muitas controvérsias. Exceções para mudança de horário de transmissão, somente com autorização e em casos excepcionais. Copa do Mundo, por exemplo.

Recebendo prós e contras, este velhinho de 83 anos, gerado em plena ditadura Vargas resiste ao tempo.

E quando o locutor anuncia de segunda a sexta-feira: “Em Brasília 19 horas”!  O ouvinte escolhe uma das três opções: abaixa o volume, aumenta o volume do rádio ou  simplesmente ...  desliga.

Porém do dia 4 de abril para cá uma boa  novidade apareceu no ar e o ouvinte ganhou mais uma opção: horários diferentes para ouvir o programa. 

Para alívio daqueles que se sentiam obrigados a ouvir o noticiário, surgiu uma ...

...NOVIDADE NO AR!

 Seu horário  de  ir ao ar foi flexibilizado, recentemente, no  dia 4 de abril, quando o Diário Oficial da União publicou a lei sancionada pelo Presidente da República. Com a Lei 13.644/2018, A Voz do Brasil agora poderá ir ao ar no intervalo das 19 às 22 horas. A normativa altera a Lei 4.117/1962 para dispor sobre o horário de retransmissão obrigatória do programa oficial dos Poderes da República pelas emissoras de radiodifusão sonora.

Contudo, as rádios educativas continuam obrigadas a transmitir o programa às 19 horas, assim como as vinculadas aos poderes legislativos nos dias em que não houver sessão deliberativa no plenário da respectiva Casa. O tempo destinado a cada órgão continuará o mesmo: o Executivo terá 25 minutos; o Judiciário, 5 minutos; o Senado, 10 minutos; e a Câmara dos Deputados, 20 minutos.

Detalhe: o programa também pode ser assistido em vídeo através de download que pode ser feito a partir deste link: http://www.voz.gov.br/

E você, o que acha de tudo isso?

Roberto Salvador, autor do blog

E leiam nosso livro!