OS PROGRAMAS ERAM TODOS FEITOS AO VIVO.
As grandes emissoras, especialmente a Tupi e a Nacional, ambas no Rio de Janeiro, costumavam gravar seus programas a medida em que iam ao ar. As gravações eram utilizadas como laboratório e serviam, assim, para que as equipes aprimorassem suas técnicas e corrigissem seus erros.
Pelo fato de irem "ao vivo", por melhor que fosse o padrão técnico dessas equipes, erros aconteciam. Alguns, os ouvintes nem percebiam. A ordem era ir em frente, tentando corrigir, mas "não deixando a peteca cair", como se diz popularmente. Se o colega errava, a presença de espírito do companheiro, tentava consertar, salvando a cena.
Em minha caminhada pelo velho rádio, presenciei, ouvi falar e vivi algumas dessas situações, que incluo agora neste blog e que chamarei de Radiocacetadas.
Radioatores em ação: programas ao vivo, gafes aconteciam
DAISY LUCIDE E PAULO GRACINDO NUMA NOVELA DA TARDE.
Certa vez Gracindo e
Daisy Lúcidi contracenavam.
Gracindo reparou que o ator que
deveria entrar em seguida não se encontrava no estúdio, apesar de ter estado
presente ao ensaio.
Aproveitando uma passagem musical
de 10 segundos, Gracindo e Daisy se puseram de acordo e Daisy, com enorme profissionalismo transformou, na
hora, todas as falas do ator ausente em uma carta dele, que ela leu tranquilamente ao
microfone.
Mas o furão foi
punido.
Daisy: experiencia e profissionalismo
Gracindo: presença de espírito ao vivo
Não teve dúvidas: transformou o
diálogo num monólogo. Algo assim:
Está
mudo porque não tem o que dizer.
Mas EU vou dizer o que você gostaria de falar!
E salvou a cena mais um vez .
CARMEM
SHEILA, A PEQUENA NOTÁVEL
Carmen Sheila: radioatriz desde os 14 anos.Hoje dubladora
Episódio semelhante ocorreria
tempos mais tarde.
A radioatriz Carmem Sheila entrou
para a Nacional em 1955, quando tinha apenas 11 anos de idade. De imediato
revelou-se uma excelente intérprete fazendo papéis de menina nas novelas.Apesar
de sua pouca idade, certa vez sua presença de espírito e capacidade de
improvisação foram colocadas à prova num capítulo de novela ao vivo. Ela
contracenava com Henriqueta Brieba, fazendo papel de sua netinha. Eis que Henriqueta,
que fumava muito, foi acometida por um acesso de tosse em pleno ar! Ficou tão
mal que teve que sentar-se ao chão e tossindo. Foi acudida pelo contra-regra
que correu lá fora e trouxe-lhe um copo d’água. Mas a tosse não passava. Foi
quando a pequena Carmem Sheila, repetiu o que fizera mestre
Gracindo:transformou seu diálogo com a avó em um monólogo. Dizia ela para
a avó:
A senhora não está podendo falar, mas gostaria de dizer isto assim...
assim.E foi seguindo em frente salvando a cena com enorme presença de
espírito.Os ouvintes nada perceberam e o fato teve grande repercussão no
Departamento de Radioteatro, valendo à pequena grande atriz um elogio por
escrito do chefão Floriano Faissal.
Luis Manoel, radioator desde menino.
Hoje diretor de dublagem
Luís Manuel também passaria um
sufoco idêntico ao de Carmem Sheila.
Em determinada novela ele,
garoto, contracenava com Neuza Tavares que fazia o papel de uma tia sua. Em
determinado momento do diálogo, Neuza se atrapalha, erra e tem um acesso de
riso tão incontrolável
MAS LOCUTORES TAMBÉM SALVAVAM A
PÁTRIA.
Certa tarde, na novela de uma
hora, que tinha o patrocínio de Antisardina, houve uma cena em que havia um
tropel de cavalos em disparada.
Antisardina patrocinava a novela de uma da tarde
O som dos cavalos ia
desaparecendo e entrava a música do intervalo. Nessa hora, Lúcia Helena, aquela
voz padrão da locução feminina da Nacional
entrava com o comercial.
Uma música suave servia de fundo
para Lúcia ler o texto.
Porém o sonoplasta se atrapalhou
e após o prefixo do intervalo ao invés de entrar com a música suave, voltou com
os cavalos em disparada.
E não percebeu, distraído que
estava com outra coisa.
Lúcia Helena não se perturbou e
improvisou :
“Minha amiga, não permita que o galope do tempo acabe com sua beleza.
Use Antisardina, o creme ideal para a beleza feminina!
Lúcia Helena, voz feminina na locução Nacional
Anunciava Francisco Alves o Rei da Voz aos domingos meio dia.
OS SOLDADOS E
AS FRALDAS EFECÊ.
O veterano repórter Roberto Reis me contou o que aconteceu com o
locutor Aurélio de Andrade na novela das nove da noite na Nacional. O
patrocinador eram os fabricantes das famosas fraldas Efecê. Para o seu bebê fraldas Efecê, dizia o
competente locutor fundador da Rádio
Nacional.
Acontece que durante a Segunda
Guerra Mundial as fábricas foram obrigadas a destinar parte de seu horário para
a produção de material destinado aos combatentes. A indústria Efecê deixou
então de produzir as famosas fraldas para fabricar uniformes. Uma noite, o
Brasil inteiro ligado e Aurélio, com sua voz solene, deveria anunciar:
Senhores ouvintes a fábrica Efecê comunica aos seus distintos clientes
que está deixando de fabricar fraldas para fabricar fardas para os pracinhas brasileiros.
Mas o que saiu no ar foi:
Senhores ouvintes a fábrica Efecê comunica aos seus distintos clientes
que está deixando de fabricar fardas para fabricar fraldas para os pracinhas
brasileiros.
Ele e outros atores no estúdio
não perceberam tão compenetrados que estavam. Mas o pessoal da técnica, sim. E
quando terminou o capítulo foi aquela gozação. Muitos ouvintes também
perceberam e reclamaram junto à emissora.
Mas
retificar... jamais!
PROFISSÃO ANGELICAL E DESABAFO NA PONTE
Álvaro Aguiar, intérprete do papel título e autor do seriado havia criado
esse tipo especialmente para o jovem
Rodney.
Logo na abertura do capítulo,
após uma cena de luta, Rodney, ofegante, tinha que exclamar para o Anjo:
RODNEY – Anjo, você é demais ! Anjo
eu quero ser um detetive igual a você!
Anjo, Anjo !
Eu quero
seguir a sua profissão !
Mas na empolgação Rodney trocou a última palavra e a frase ficou assim:
RODNEY - Anjo, Anjo, eu quero seguir a sua procissão !
Álvaro Aguiar, profissional experimentado consertou na hora:
ÁLVARO - Sou Anjo, mas não sou santo. Você deve seguir
é a minha profissão.
Esta também aconteceu no Anjo. Em
meio a uma cena de ação o ator deveria gritar desesperado:
Anjo, cuidado! A ponte vai desabar!
Mas o que saiu foi:
Anjo, cuidado! A ponte vai desabafar!
Alvaro Aguiar era o "Anjo". Depois foi para televisão
Rodney Gomes, talento no rádio e na dublagem
Em meu trabalho de garimpo para
contar fatos interessantes ligados ao radioteatro, dei com um interessante
livro de Ricardo Medeiros intitulado Dramas no Rádio: as novelas em
Florianópolis nas décadas de 50 e 60.
Em capítulo destinado a mostrar
as falhas que ocorriam nos capítulos de novelas feitas ao vivo o autor conta o
que aconteceu com Roberto Alves, sonoplasta da rádio Guarujá.
Num determinado capítulo há uma cena de incêndio
com os atores gritando fogo, fogo! Cabia a ele, então colocar uma sirene de
bombeiros, enquanto o contra-regra produzia um som de fogo, amassando papel
celofane junto ao microfone. Eis que o sonoplasta se atrapalhou e colocou no ar
um grilo ! Ninguém se conteve no
estúdio. Riso geral.
Relata ainda Medeiros no mesmo
livro, que a atriz Alda Jacintho interpretava Diná, uma mulher que foi
abandonada no altar e por conta disso, decidiu se jogar em um rio.
Para dar o efeito de um corpo
caindo no rio, o contra-regra providenciou
um balde cheio d’água. Nele seria atirado um objeto. Era Diná tentando o
suicídio. Mas por um lamentável esquecimento, não foi colocada água no balde.
Quando o objeto caiu no balde vazio,
produziu um som estranho.
Alda, com grande presença de
espírito se sai com esta:
Eu não disse que ia cair de mau jeito.
Outra radiocacetada de
Ricardo Medeiros. Aconteceu ainda com Alda Jacintho. Ela estava atuando com
Palmério da Fontoura. A cena era do pai repreendendo a filha. Mas no meio da
fala o ator tem uma acesso de tosse. A atriz teve que segurar as pontas enquanto a tosse passava. Recuperado, Palmério improvisa:
Com uma filha dedicada como esta eu não posso brigar.
Mas o que aconteceu com a atriz Cacilda
Nocetti não teve graça nenhuma. Ela era radioatriz, mas passou a
trabalhar na discoteca da emissora. Em uma ocasião pediram que substituísse em
cima da hora uma atriz em um capítulo de novela, fazendo uma ponta, como uma
menininha, papel que ela não sabia interpretar.Mas o diretor insistiu tanto que
ela abandonou seus afazeres e debandou em direção ao estúdio. A abertura da
novela, inclusive já estava no ar. No corre-corre, Cacilda caiu, indo parar no hospital com a bacia
quebrada. A rádio cancelou o capítulo do dia.
Esta outra radiocacetada eu
recolhi do interessante livro de Rafael Casé, neto de Ademar Casé.
Conta Rafael o que aconteceu num
dos programas de radioteatro que o Programa Casé veiculava.
Um ator faltou na última hora e, apesar de ter uma fala pequena, era
uma personagem-chave, pois confirmava ao detetive que havia cometido o crime.
Casé foi convencido de que ele conseguiria falar as duas palavrinhas: “Sim,
senhor”. Pois bem, a peça vinha transcorrendo em seu clímax, quando o
investigador perguntou ao empregado.: “Não foi você quem matou”? E Ademar Casé,
ao invés de responder, simplesmente balançou a cabeça afirmativamente. Como ele
não percebia o erro, o ator que interpretava o detetive ainda teve que
perguntar mais duas vezes e dar um
cutucão no Casé para que ele dissesse, enfim, a sua fala.
Esta quem me contou foi o
brilhante e veterano locutor Maurício Figueiredo. Trabalhei com ele na Rádio Roquette Pinto nos anos 80. Dono de uma
bela voz, elegante no trato e sagaz quando tem que registrar as falhas dos
colegas. Ele trabalhava com o saudoso Névio Macedo uma noite na Rádio Jornal do
Brasil AM. Bom profissional, Névio possuía uma voz poderosa e era extremamente
educado. Ao falar com as pessoas, media as palavras para não ferir
suscetibilidades e via sempre o lado virtuoso das pessoas, jamais seus
defeitos. Esse seu caráter o traiu certa noite, antes de iniciar o famoso programa
Música Melodiosa, patrocinado pela
agência Hugo de Automóveis, na rua Mariz e Barros, na Tijuca, quando teve
que ler uma nota de falecimento. Com voz sóbria, ele teria que dizer: É com pesar que comunicamos o falecimento de
fulano de tal e assim seguia a
nota.
Mas na hora ele trocou pesar por prazer. E saiu, como vocês podem imaginar, assim:
Nota de falecimento. É com prazer que comunicamos o falecimento de
fulano de tal....Por sorte,
retificou na hora ao perceber o erro. Névio era assim. Num ato falho, encaixou prazer no lugar de pesar.
PARAFUSO VI.
QUE TROÇO É ISSO?
Trabalhei com Josecy Lyra Lima
muitos anos na Rádio Roquette Pinto. Experiente homem de rádio, fazia de tudo
em uma emissora. Bela voz, bom texto,foi programador de várias entre elas a
JB-AM e a Del Rey –FM. Eis a radiocacetada que ele nos conta..
Foi na época em que a Rádio Roquette Pinto era dirigida pelo meu sogro, o Professor Maciel Pinheiro, que aconteceu este "causo". O professor Maciel Pinheiro procurou dinamizar bastante a programação em todos os sentidos e já naquela época transmitia as sessões da câmara com comentários e notícias que complementavam aqueles trabalhos. Certa vez o locutor estava lendo uma dessas notícias e o Professor querendo enriquecer a nota com mais detalhes, anotou num papel que aquele assunto estava no "cap. XI, pag. 130 § VI" capítulo onze, página cento e trinta parágrafo sexto. O problema é que a letra dele era letra de médico, bem difícil de compreender, ainda mais escrita rapidamente e com o papel sem uma base firme ficou um terror. O contra regra entrou no estúdio e enquanto o locutor lia a notícia, ele colocou o papel sobre a mesa e sinalizou chamando a atenção do locutor. Ele pegou o papel franziu a testa se esforçando para tentar entender o que estava escrito e depois de uma pausa que pareceu uma eternidade ele soltou "capixi, pagbô parafuso vi". Quando terminou o programa o professor com aquele jeito meio gozador de bom nordestino disse: Meu filho, de onde você tirou aquela barbaridade ? Capixi eu até entendo, pagbô já é bem mais difícil, mas parafuso vi ? E o rapaz se desculpando pela gafe explicou : É professor eu não estava entendendo nada então me pareceu capixi e eu falei, quando eu disse pagbô eu vi que estava tudo errado e como eu não consegui compreender o que vinha a seguir eu disse qualquer coisa. Saiu parafuso vi.
Foi na época em que a Rádio Roquette Pinto era dirigida pelo meu sogro, o Professor Maciel Pinheiro, que aconteceu este "causo". O professor Maciel Pinheiro procurou dinamizar bastante a programação em todos os sentidos e já naquela época transmitia as sessões da câmara com comentários e notícias que complementavam aqueles trabalhos. Certa vez o locutor estava lendo uma dessas notícias e o Professor querendo enriquecer a nota com mais detalhes, anotou num papel que aquele assunto estava no "cap. XI, pag. 130 § VI" capítulo onze, página cento e trinta parágrafo sexto. O problema é que a letra dele era letra de médico, bem difícil de compreender, ainda mais escrita rapidamente e com o papel sem uma base firme ficou um terror. O contra regra entrou no estúdio e enquanto o locutor lia a notícia, ele colocou o papel sobre a mesa e sinalizou chamando a atenção do locutor. Ele pegou o papel franziu a testa se esforçando para tentar entender o que estava escrito e depois de uma pausa que pareceu uma eternidade ele soltou "capixi, pagbô parafuso vi". Quando terminou o programa o professor com aquele jeito meio gozador de bom nordestino disse: Meu filho, de onde você tirou aquela barbaridade ? Capixi eu até entendo, pagbô já é bem mais difícil, mas parafuso vi ? E o rapaz se desculpando pela gafe explicou : É professor eu não estava entendendo nada então me pareceu capixi e eu falei, quando eu disse pagbô eu vi que estava tudo errado e como eu não consegui compreender o que vinha a seguir eu disse qualquer coisa. Saiu parafuso vi.
UM TIRO QUASE MATA DE SUSTO O LOCUTOR.
Mas, Josecy Lira Lima
protagonizaria também uma radiocacetada.
É ele mesmo que nos relata.
Foi no Teatro de Ministério. Naquele período o programa era gravado.
Felizmente! Eu era o locutor do horário. Abri o programa, li o comercial e me
sentei no sofá, esperando o intervalo para ler o outro comercial. Estava
distraído, pensando na vida, enquanto o teatro seguia. De repente, cumprindo o
script, o contra regra dispara um tiro de revólver bem atrás de mim! Levei um
susto descomunal e dei um grito que vazou no microfone. O elenco caiu na
gargalhada, a gravação parou e meu coração disparou. Tive que aguentar a
gozação dos colegas.
REMÉDIO PARA
HOMEM? E O BEBÊ ASSADO?
Recolhi numa revista Radiolândia,
do ano de 1954, na coluna O rádio por
dentro, assinada pelo jornalista Peri
Scópio o seguinte texto, que fala dos tropeços de alguns locutores.
Um dia desses abrimos o rádio. Um clic e lá vem besteira: “Ligítimas
lâminas gileti”. Rodamos o dial e outro
baixo:”Tenha em seu cabelo um lindo tapete”. Devia ser “topete”.,mas...
Continuamos rodando o botão miraculoso e o que ouvimos, ó Misericórdia! Uma voz máscula de locutor , cometendo a terrível gafe: “Amigo
ouvinte faça como eu que só uso Soutiens Celeste”. E lembramo-nos então de um
locutor da Mayrink que anos atrás
cometeu erro semelhante. Uma voz nada feminina
aconselhou:”Faça como eu amiga ouvinte, que uso apenas Regulador Xavier.”
Os redatores também erravam. O programa
Pausa para a meditação era patrocinado por Abel de
Barros e Companhia Limitada, tradicional rede de venda de tintas, na época. O
redator comercial da emissora era o experiente
Jayme Faria Rocha que na pressa entregou o seguinte texto que o locutor
leu com voz grave:
Abel de Barros e Companhia Limitada ao iniciar mais este programa,
deseja a todos os seus ouvintes um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
Tudo bem se nós não estivéssemos
em pleno mês de maio! O Jayme pegou a ficha com o texto de final de ano ao
invés de selecionar a mensagem em homenagem ao dia das Mães. O patrocinador
ficou tão alucinado que ameaçou tirar o patrocínio do famoso programa de Júlio
Louzada.
Talco Ross para o calor atroz
Certa vez, no intervalo comercial
de Romance no Ar que ia ao ar de
segunda a sexta-feira ao meio dia e meia
o locutor exclusivo da Sidney Ross,
fabricante do famoso Talco Ross, um
dos grandes anunciantes de novelas da Nacional deveria dizer o seguinte texto:
...Mãe, como vai o seu bebê com esse calor atroz?
Mas na hora houve um pequeno erro
e o que foi para o ar foi:
...Mãe, como vai o seu bebê com esse calor atrás?
Essa é antológica e os mais
veteranos devem se lembrar dessa história.
NARRADOR
TURBINADO NA ONU
Luís Manuel conta que Saint-Clair
Lopes ( o Pilatos de O romance
da eternidade) foi contratado pela
Organização das Nações Unidas. Isso foi motivo de orgulho de seus colegas do
radioteatro. Cumprido o contrato ele retorna à emissora e recebe uma homenagem
através de um Especial. Eis que o ator Antonio Laio, que frequentemente fazia
papéis de vilão, desta vez vai atuar como narrador do programa. Logo na
abertura,há uma cena que remete ao auditório da Assembleia Geral da ONU. Laio
com sua voz poderosa, com direito à câmara de eco e tudo, deveria dizer:
Senhores: do alto dessa tribuna eu vos saúdo!
Mas o que saiu foi:
Senhores: do alto dessa turbina eu vos saúdo!
FALTAM LEITOS
NA ENFERMARIA
Outra contada por Luís Manuel.
Havia um programa montado
noturno, na Nacional, chamado Viva a
Marinha! Coro, grande orquestra e elenco de radioteatro.Numa dramática cena
de guerra, um enfermeiro,interpretado
por Domício Costa dirigia-se ao oficial-médico e tinha apenas que dizer:
Senhor, a enfermaria está cheia!
Acontece que Domício estava
chateado, porque grande artista, havia sido escalado naquela noite apenas para
dizer esta frase.Como a coisa era simples,deixou de lado o script e decorou a frase para dizê-la no momento exato. O programa
seguia normal.
Ao sinal do diretor, disparou,
então com seu lindo vozeirão:
Senhor, a enfermeira está cheia!
A orquestra atacou de acordes
dramáticos.
E ficou no ar uma pergunta que
não calou:
Quem havia enchido a enfermeira?
QUINTAL
CERCADO.
Essa história de trocar letras é
muito comum em rádio. Até hoje. È que o locutor ou radioator e até nós mesmos,
no cotidiano, não lemos uma palavra, sílaba por sílaba. O que lemos é o perfil
da palavra. È ai que a coisa acontece. Como aconteceu com Jaime Filho, numa
novela na Tupi, segundo me contou Geraldo José.
Em determinada cena, interpretava
um policial que gritava para o ladrão: Não
adianta fugir. O quintal está cercado!
Mas na hora saiu:
Não adianta fugir! O cercado está quintado!
MICROFONE DELIVERY
O veterano e excelente casal de
atores Elza Gomes e André Villon, vieram do teatro e portanto, não possuíam
experiência em rádio. Mas
a convite de Vitor Costa concordaram em atuar no radioteatro. E ambos saíram-se
muito bem, interpretando personagens memoráveis nas radionovelas da PRE-8.
Porém ficavam muito nervosos na hora de entrar no ar.
Estou acostumado a atuar em um palco para um público que está diante de
mim. Aqui tenho que atuar para um microfone, frio e imóvel, dizia André.
Mas o talento de Elza e
André era tamanho que eles se superaram.
Porém, não sem nervosismo.
Uma noite, André Villon
interpretava uma novela e tinha que ler
um imenso texto. E ele lia muito bem.
No decorrer da cena, Floriano,
atendendo a sinais do operador, gesticulou para o ator, a fim de que se
aproximasse mais do microfone. Com o rabo dos olhos, André, interpretou
erroneamente os gestos do diretor e ao
invés de se aproximar do microfone, pegou-o e com dificuldade, já que tinha uma
das mãos ocupadas pelo script, saiu carregando o pesado pedestal pelo estúdio,tentando
levá-lo até onde estava Floriano. Isso sem interromper a fala! Detalhe, o
microfone mais o pedestal com sua base pesam cerca de dez quilos.
A sorte é que alguém percebeu o
que estava ocorrendo e salvou a situação.
André Villon, do teatro para o radioteatro
Elza Gomes, esposa de Villon
CAPANGAS
CAPENGAS.
Mais uma de trocar letras.
Esta aconteceu durante a
encenação de um dos capítulos de Jerônimo. André Villon fazia o papel de um
poderoso coronel do sertão, que ameaçadoramente deveria gritar para o
nosso herói:
Jerônimo,você não vai ficar livre de mim! Vou mandar meus capangas
atrás de você!
Mas a ameaça de Villon saiu
assim:
Jerônimo,você não vai ficar livre de mim. Vou mandar meus capengas
atrás de você!
Milton Rangel, tentando consertar
a cena ainda perguntou, do alto de seu cavalo:
Você vai mandar o quê???
E Villon, sem perceber que havia
errado a palavra:
Você ouviu muito bem. Vou mandar meus capengas atrás de você.
O mais curioso foi que, anos
depois, o autor Moisés Veltman acabou criando um vilão, inimigo de Jerônimo
chamado Capenga.
Por sinal, este foi o último
inimigo de Jerônimo. Pois a série acabou aí. E quem interpretou o Capenga foi Luís Manuel.
Milton Rangel era o Jeronimo, Herói do sertão
E por falar em Luís Manoel, vou
contar outra vivida por ele.Vez por outra as novelas utilizavam murmúrios,
burburinhos de pessoas falando em fundo. Eram clássicas as cenas de tribunal em que
vez por outra o público presente se manifestava fazendo comentários que saiam
como murmúrios. Nesses momentos, os atores presentes no estúdio, ao sinal do
diretor, começavam a murmurar. Para ficar bem natural, os atores compunham
frases a meia voz. Em casa o que o ouvinte percebia eram murmúrios. Tudo bem.
De farra, alguns radioatores, geralmente os mais jovens e sacanas aproveitavam
e diziam asneiras a meia voz, tipo:
Você quer beijar minha barriga? Por favor, senta no
meu pau! Quando acabar a novela paga meu café seu viado?
E outras asneiras que misturadas
não dava para perceber o teor.
Um dia, como o capítulo seria
previamente gravado, Luís Manoel, que já era adulto e outros que gostavam de
molecagem, resolveram pregar uma peça no companheiro Antonio Laio.
Eis a história contada pelo
próprio Luís: combinamos que no momento
do vozerio, falaríamos as bobagens, mas a um sinal meu, todos se calariam
subitamente. Antonio Laio que também gostava de falar sacanagens nessa hora,
não sabia da armadilha. O capítulo seguia normalmente. Chegada a hora do
vozerio, começamos,então a falar sacanagens. De repente paramos e deixamos o
Laio sozinho. Durou apenas três segundos mas
deu para ouvir o Laio dizer claramente:
Por favor,aperta meu rabo!
Bem só fizemos isso porque era gravado, claro!
EMPADINHAS AO
VIVO.
Esta me foi contada por Carmem
Sheila.
Na Nacional havia um casal que
trabalhava no setor administrativo. Para reforçar o orçamento,marido e mulher
decidiram que ele venderia as empadinhas deliciosas que a mulher fazia.
Assim, o marido as acondicionava
cuidadosamente, numa caixa de papelão,dessas que embalam camisas de homem, e
percorria os setores da emissora, vendendo os salgadinhos que eram
imediatamente consumidos. Era fazer e vender.
Uma tarde, no estúdio Vitor
Costa, uma novela transcorria normalmente, numa cena romântica. Eis que a porta
do estúdio se abre abruptamente e ouve-se a voz estridente do incauto vendedor:
Vai empadinha, ai ???
Carmem Sheila não se lembra do
desfecho do incidente, mas a partir de então, jamais empadinhas foram
vendidas nas proximidades do estúdio de
radioteatro.
O FAMIGERADO DEDOBOL NO TERRAÇO
DO PRÉDIO.
UM SAPATO VOA NO MEIO DA TARDE
SOBRE OS CÉUS DA PRAÇA MAUÁ
A mesma Carmem Sheila me relatou
esta também.
Entre um programa e outro o
artista tinha, muitas vezes, intervalos de horas. Para matar o tempo, os homens
descobriram um jogo que consistia em uma tábua de madeira com uns preguinhos
que representavam os jogadores de futebol dispostos em campo. Havia também
uma bolinha feita a mão, de papel laminado. O jogo consistia no seguinte: os
dois adversários iam dando petelecos na bolinha para ver quem chegava primeiro
ao gol. Dava gosto ver os marmanjos disputarem.
Havia até torcida e um campeonato!A jovem Juraciara Diácovo era uma das
campeões do dedobol.As partidas tinham lugar sobre a mureta do terraço do
prédio. Certa vez a novela ia entrar no ar e nada dos atores aparecerem no
estúdio. Foi preciso que alguém, desesperado, fosse chamar o elenco lá fora.
Quando soube disso, Floriano Faissal, possesso, mandou
quebrar a tal da tábua, não sem ameaças de punição.
Em vão:meses depois, lá estava o dedobol de volta.
Juraciara, de radioatriz desde menina a rainha da dublagem
Esta me foi narrada por minha
querida amiga Juraciara.
Os homens fabricavam bola de meia e jogavam no terraço, também para
passar o tempo. Certa vez, o Carlos Marques (radioator) ganhou de presente de
“seu”Floriano um vistoso par de sapatos.No dia em que estreava os sapatos,
passou pelo terraço e viu a turma batendo bola. Não resistiu e entrou
no jogo. Oh! Decepção: logo no primeiro lance ao tentar um chute um dos sapatos
se soltou do pé e voando pela mureta foi cair na praça Mauá 22 andares a baixo.
Coube a Carlos Marques ter que
passar o dia todo atuando nas novelas com um pé descalço e outro calçado. Sorte
que não era programa de auditório.
A MULHER QUE
COMEU SONHOS.
Na Tupi dos anos 40 e 50 havia
uma excelente radioatriz chamada Amélia Simone, vinda de São Paulo, a
estrelinha das novelas da PRG-3.Amélia Simone era tia de Mildred dos Santos,
também radioatriz.Esta é a mãe de Galvão Bueno. Logo, Amélia Simone é também
tia do narrador.Sobre Mildred falaremos mais adiante. Por hora, diríamos que
uma das novelas de sucesso estrelada por Amélia Simone chamava-se A
mulher dos meus sonhos.Acontece
que a turma da Tupi, de brincadeira, chamava a novela de A mulher comeu sonhos. Alguns vaticinavam que o locutor,por causa dessa gozação, ia acabar
anunciando ao microfone o nome errado. Não deu outra. Uma tarde o subconsciente
do locutor virou consciente e ele anunciou solenemente:
Pela Tupi do Rio, no ar ...A mulher comeu sonhos!
Ao narrarmos estas radiocassetadas pode ficar na cabeça do leitor que o rádio na época era um
sem-fim de erros. Acontece que 99 por cento da programação era ao vivo.
Inclusive os comerciais. O ritmo de
trabalho era frenético, uma programação era seguida de outra e embora os profissionais fossem de altíssimo nível,
falhas eram inevitáveis. E as que aconteciam e ganhavam cunho hilário
entravam para a história.
Certa noite de domingo o programa
“Nada além de dois minutos” ia ao ar com seu habitual “timing”pela Nacional.
Mais adiante falaremos um pouco desta produção radiofônica de Paulo Roberto e
que se constituiria em um referencial na linguagem radiofônica.
Pois bem, o médico-radialista
conduzia o programa quando de súbito parou! Fez um silêncio de 5 segundos que pareceram uma eternidade!
Paulo Roberto retoma o fôlego e diz angustiado:
-Floriano, (Floriano Faissal o
diretor do programa) perdi a página ! Não sei continuar!
Não havia como consertar. O
programa era ao vivo, diante de um elenco, uma grande orquestra e um auditório
lotado. Rapidamente, Floriano que acompanhava atento com sua cópia, correu para
o lado de Paulo e indicou-lhe no roteiro, colocando o dedo a fala .
O narrador então retomou o texto
e tudo seguiu normalmente sob os aplausos do auditório. Naturalmente Paulo
Roberto havia colocado suas páginas fora de ordem após o ensaio e se perdeu no
meio do programa. Cavacos do ofício. Um incidente que foi prontamente corrigido
graças ao profissionalismo de Floriano Faissal.
Paulo Roberto
FERNANDA MONTENEGRO E JULIO CESAR
COSTEIRA, EXEMPLO DE PROFISSIONALISMO.
Allan Lima, radioator da MEC, grande diretor de radioteatro e dublagem
conta que certa vez o galã Júlio César Costeira fazia uma cena de amor com
Fernanda Montenegro, num radioteatro da Ministério da Educação, quando o
“girafa”, aquele microfone que fica
suspenso no estúdio, começou a descer lentamente. Naturalmente devido a algum
para-fuso mal apertado. Só havia os dois no estúdio e o operador, do outro lado
do vidro, ocupado com o fundo musical
não podia fazer nada. E o “girafa” descendo...
Júlio César e Fernanda deram uma
grande demonstração de profissionalismo: não hesitaram e foram também se
abaixando e quando a cena terminou estavam, ambos, de cócoras, quase de gatinhas. Mas fizeram a cena inteira !
Allan Lima me contou esta história
Adolescente Fernanda Montenegro na Radio MEC
O OPERADOR GREGÓRIO E O DISCO
IMPOSSÍVEL.
A vítima aqui não foi um locutor,
nem um radioator e sim um operador de áudio.Aconteceu com o Gregório, um
dedicado funcionário da Roquette Pinto responsável pela manutenção dos
equipamentos. Desmontava, consertava e montava de novo aquelas complicadas
traquitanas valvulares dos anos 40 e 50 que eram as mesas de áudio, garantia do bom funcionamento de nossas
emissoras.Gregório era um negro,bom, simpático, enorme de gordo,que me lembrava
muito aqueles tipos que habitam as ruas de New
Orleans.Após estas informações preliminares, vamos a este “causo” contado
por Josecy Lira Lima.
Eu dirigia a programação da Rádio Roquette Pinto. Fazia parte da mesma
a transmissão de programas que eram encaminhados a nós pelo Serviço de
Transcrição das Embaixadas. Havia programas da Voz da America, da Rádio
Netherland da Holanda, da Rai da Itália, da Deutsche Welle da Alemanha e da
Radio Difusion Television Française
Geralmente esses programas vinham gravados em fita magnética com exceção
dos programas da Holanda que vinham em discos de vinil e eram doados à rádio e
da França que vinham em discos de cera e tínhamos que devolver logo depois de
ir ao ar para que fossem encaminhados a outras emissoras e por isso vinham com
muitas recomendações de cuidados. Esses discos tinham uma particularidade: eram
gravados de dentro para fora. Começavam a tocar junto do selo. Devido a tantas
recomendações na hora do programa ir ao ar, entreguei pessoalmente nas mãos do
Gregório, o operador do horário, e renovei as recomendações e fiquei por ali
para o caso de alguma dúvida. O locutor anunciou o programa e o Gregório
colocou o pick-up no lado de fora onde se inicia qualquer disco normal.
Claro,não deu outra: a agulha caiu para fora do disco!Ele fez nova tentativa e
novamente ela caiu para fora do disco e antes que eu tivesse tempo de falar qualquer
coisa o Gregório pegou o disco e dizendo: "este disco está com defeito!”
bateu com ele na quina da mesa quebrando em mil pedaços. Não me lembro
como o programa prosseguiu. O difícil foi dar a notícia ao pessoal da
embaixada.
CONHAQUE É RUIM PARA OS PÉS.
Esta me foi contada pelo
professor e jornalista Nilandi Carneiro que atuou nas principais emissoras do
Rio.Embora não seja propriamente um “causo” de radioteatro, resolvi incluí-lo,
por seu aspecto grotesco e tratar-se de
um nome muito querido e até hoje conhecido. Por motivos óbvios não vamos
revelar o nome do protagonista, um belíssimo
locutor-noticiarista, com passagem pelo famoso e saudoso Repórter Esso, Na década de 80, um dos titulares
de
leitura dos jornais noturnos da Rádio Globo. Mas vamos ao fato, narrado pelo
Nilandi. A redação da Globo funcionava onde é até hoje, no quarto andar da Rua do Russel,
434, na Glória, Rio de Janeiro. A tarefa do locutor era ler os noticiários O
Globo no Ar das 21h, 22h, 23h, todos com mais ou menos cinco minutos de
duração, e O Seu Redator Chefe, à meia-noite, com 25, 30 minutos de duração.
Do
estúdio, no terceiro andar, ele lia o jornal das 21 horas e, em determinados
dias, em vez de terminar a leitura, subir para a redação e devolver o original
lido e rubricado, com as possíveis observações de ocorrências durante a
leitura, não fazia isso. Preferia pegar o elevador e descer direto para a rua,
onde no bar do Albino, ao lado da porta
da emissora, tomava "uma" daquelas que matou o guarda e botou a
família do sargento na UTI, tirava o gosto com um pé de galinha cozido e ao
molho – especialidade da casa - jogava um pouco de conversa fora com os
taxistas que ali faziam ponto, para então, depois de 30, 40 minutos dar as
caras na redação.
Na leitura do jornal das 22, o ritual se
repetia e o nosso companheiro só reaparecia faltando poucos minutos para
entrada no ar do noticiário das 23 horas. Nova descida, mais uma talagada e uma
descansada para a leitura do grande jornal, à meia-noite, com duração de
meia-hora, aí em dupla com outro profissional.
Numa
dessas jornadas, pouco antes do tradicional prefixo "meia-noite em ponto!Novo dia chegaaandooo....”, alguém
entra apressadamente na redação e avisa ao editor que surgira um problema e que
ele se virasse para arranjar um locutor para ler "O Seu Redator
Chefe", o tal jornalão.È que o personagem de nossa história, um dos
titulares – o noticiário era lido por dois locutores, repito - depois da terceira
dose, resolvera se encostar na lataria
de um carro estacionado na calçada em frente ao portão do prédio da rádio, no
meio de uma curva, com os pés para a rua. Um veículo passou desenvolvendo alta
velocidade, justamente em cima de um dos pés do moço, numa verdadeira proeza,
talvez pilotado por um também consumidor da água que locutor não deveria ter
bebido durante o trabalho.
Testemunhas, como
sempre exageradas, disseram que o sapato que estava no pé danificado foi parar
em frente ao Hotel Glória, ou seja, a uns 100 metros de distância. O
apresentado, com o pé parecendo uma bola, foi parar no estaleiro, onde ficou
por alguns dias, longe do microfone e – provavelmente – do maldito conhaque.
EMOÇÃO A UMA
DA TARDE:
ISIS DE OLIVEIRA APLAUDIDA NO AR EM PLENA TRANSMISSÃO DA
NOVELA!
Ísis de Oliveira:
emoção na tarde no estúdio de radioteatro da Nacional
Voltando a falar de Floriano
Faissal, gostaria de relatar um episódio
que mostra muito bem como era a personalidade do grande diretor.
Certa vez em uma novela da uma da tarde, Ísis de Oliveira que fazia um papel muito difícil, leu um monólogo de cerca de três minutos.Era um
lindo texto de Eurico Silva, em
que Ísis chorava a perda de seu pai no velório. E o fez com
uma interpretação impecável, emocionando os atores que se encontravam no estúdio e certamente os
ouvintes em casa. O
trabalho de Ísis foi tão marcante, que mal acabou de ler, arrancou aplausos de
Floriano,o diretor da novela que se encontrava no estúdio..Não que Floriano
desejasse que os ouvintes escutassem suas palmas ,mas aconteceu que o operador não fechou o microfone após a
cena.
Certamente os ouvintes ficaram um
pouco sem entender o por quê das palmas em meio à cena.
O fato foi divulgado na imprensa e
Flávio Cavalcanti conseguiu, não se sabe como, pois o capítulo fora ao
vivo, uma gravação do acontecido, apresentando-a em seu programa Discos Impossíveis
Adorei, pois tudo isso é do meu tempo. Recordar e viver. O Dr, Paulo Roberto que era da Rádio Nacional publicou uma homenagem para as mães que foi gravada em disco , se não me engando, RCA e que era linda a mensagem Gostaria muito de ver essa mensagem mas não consigo. Será que alguém tem conhecimento dessa mensagem? qu
ResponderExcluirem tiver poderia publicá-la?
Caro amigo, seus textos são preciosos para quem, como eu, vivi essa época. Três pedidos: 1)Há uma foto de Amelia Simone, minha primeira (e visualmente desconhecida) paixão aos sete anos de idade? 2)Na mesma época, quem escreveu a novela Juçara, na PRG-3? Teria sido Dias Gomes? 3)Qual o título do prefixo dessa novela, uma nostálgica melodia que não sai de minha memória afetiva? Gratíssimo. Não por acaso, além de Roberto, você se chama Salvador. Se enviar seu email, tenho algumas histórias a contar. Sou ROgerio Fabiano rogeriofabi@gmail.com
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