quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ALGUMAS HISTÓRIAS DA RÁDIO NACIONAL


 Entrei para a Radio Nacional quando tinha 13 anos de idade no programa do Clube Juvenil Toddy, dirigido pela saudosa e querida professora Maria de Lourdes Alves. Lá atuei por 10 anos. Vi, vivi e ouvi muitas histórias. Algumas delas conto para vocês neste blog para que conheçam um pouco mais sobre o nosso rádio. Vamos as que selecionei para hoje.

                                 Jorge Bico, fazendo efeitos sonoros nas novelas dos anos 50:


Renato Murce: autor de Piadas do Manduca e Alma do Sertão.
Foi também radioator.


Floriano Faissal: cérebro do radioteatro da Nacional

Roberto Salvador, autor deste blog aos 13 anos

Rodolfo Mayer, Abigail Maia e Floriano: 
descontração no estúdio de radioteatro



    Antes da metade dos anos quarenta e emissora da praça Mauá já havia colocado no ar mais de uma centena de novelas, todas elas patrocinadas e distribuídas a partir do tradicional horário  das dez e meia , entrando pela tarde, às 13 horas e chegando  no horário nobre. A Colgate-Palmolive  jogou suas novelas para as 8 da noite.                          
O elenco de radioteatro  recebia direto dos anunciantes o mesmo ocorrendo com Vitor Costa. O faturamento da rádio deu um pulo, os horários das novelas aumentaram e a audiência idem.
A PRE-8 era líder em todo o Brasil. Chegaram novos transmissores de ondas curtas além da onda média e a cobertura era nacional.
 Entre os novos horários  de novelas que a PRE-8 criaria nos anos quarenta  destacou-se  o de 21 horas. O patrocinador, um produto que existe até hoje, era anunciado pelo excelente locutor Aurélio de Andrade:

“No ar a novela das nove, sob o patrocínio do Óleo de Peroba, o supremo renovador dos móveis”.
 Os autores que mais se destacaram nessa faixa foram Oduvaldo Vianna, Amaral Gurgel e  Ghiaroni.
Duas  novelas, entre as muitas que fizeram enorme sucesso foram “A bela e a fera” e A gloriosa mentira “esta última de Ghiaroni”.
Numa dessas novelas, não sei qual das duas, havia um personagem cômico, alegre,  vivido pelo grande Walter Dávila. Era o doutor Memeco, que ao formular qualquer frase. Tinha um cacoete que o fazia dizer
- “Meco! Meco-meco”! E depois dizia o que tinha que dizer.
A gloriosa mentira” tinha Ismênia dos Santos  e Celso Guimarães como o casal de mocinhos.
Destaque para Floriano Faissal que interpretava um tio, apaixonado pela sobrinha (Ismênia dos Santos) .

Numa noite,no clímax da novela, um dos capítulos termina com o tio, embriagado, querendo agarrar a moça para beijar. A cena foi forte, pois a contrarregra arrastava cadeiras,  louça se quebrava,  com  ela tentando se  desvencilhar, enquanto se ouvia o personagem de Floriano gritar:

-Venha cá ! Quero beijar estes lábios carnudos e vermelhos!
Este rosto lindo e macio !

E a moça gritava e fugia:
-Não meu tio ! Não faça isso !
Ao fundo, a sonoplastia executava uma música agitada e dramática que se fundiu com o sufixo da novela.                                                                                                                     
No dia seguinte à transmissão houve  reação  do público. Muitos protestos escandalizados enquanto  outros, veladamente, invejando o tio tarado, pois a voz de Ismênia dos Santos era uma tentação de tão linda.
Confesso que até hoje não consigo aceitar aquela “escorregada” de “A gloriosa mentira”. Foi uma cena forte, embora em uma novela às 9 da noite. (Naquela época as crianças dormiam cedo). Não consigo compreender simplesmente pelo fato de que os padrões de autocensura na emissora eram muito fortes. E o próprio Floriano, que interpretou a cena, se transformaria, mais tarde, num zeloso guardião da ética e da moral no radioteatro que ele veio a dirigir, como veremos um pouco mais adiante.
Edmo do Vale: primeiro especialista em efeitos sonoros para novelas.

                                Álvaro Aguiar, escrevia e apresentava As aventuras do Anjo.'
                  Foi também o Tio Janjão, radioteatro infantil escrito por Oranice Franco: anos 50

                                                    A bela voz de Cesar Ladeira:
                         A cronica da cidade,de segunda a sexta às 13 horas, de Genolino Amado.
                          Narrou também A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Ghiaroni.
                                          Darcy Pedrosa, bela voz do radioteatro.
                                                         Aqui, já dublador no Rio de Janeiro.
                             Ismênia dos Santos era assim quando começou no radioteatro
                                           Ísis de Oliveira, atuou na primeira novela.
                                                      Fui a atriz mais beijada do radioteatro".


                                           Cahué Filho, eclético, fazia vários personagens.
                                                       Foi o Moleque Saci, da série Jeronimo
Lúcia Delor: voz marcante nas radionovelas.

                                     Luis Manoel, entrou para o radioteatro aos 12 anos.
                                                                Hoje é diretor de dublagem
                       Mário Lago fez de tudo em rádio: novelista, ator, cantor e compositor.                                    Ligado ao Partido Comunista, preso várias vezes, foi cassado e demitido em 1964.

Leio, com algum a freqüência, que as novelas do velho rádio  evitam tocar em determinados assuntos tabus para a época. Realmente as novelas jamais falavam de homossexualismo. Este era abordado apenas de forma jocosa nos programas humorísticos como ocorre até hoje na  televisão.O mesmo acontecendo com determinados tipos de preconceito  que estavam presentes a todo instante, ridicularizando o negro, o nordestino, o imigrante, o gago, o surdo ou o mudo. Isto era mais evidente nos programas de humor.


O adultério, a suposição de incesto, a  curra ou a tentativa de estupro, volta e meia rolavam, embora em cenas veladas ou levemente  sugeridas ou referidas, especialmente nas novelas noturnas. Esses assuntos não eram tratados de forma explícita. Eram apenas “sugeridos” com habilidade pelos novelistas. O restante ficava por conta da imaginação do ouvinte
Embora,  palavra amante não fosse citada,   o adultério, a traição, os triângulos amorosos era uma constante. Cá pra nós, caso contrário as histórias seriam uma enorme chatice.
Se as relações sexuais eram apenas sugeridas nos filmes, não seria o rádio que as explicitaria. Assim, gritos e sussurros para sugerir atos sexuais  eram muito discretos ou praticamente ausentes. O máximo que acontecia era um beijo mais demorado com os atores  inspirando e em seguida prendendo a respiração por dois segundos e expirando juntos. Esse era o beijo “cinematográfico” através do rádio.
Meu amigo Sérgio Rubens que trabalhou comigo no Clube Juvenil Toddy me conta que ele soube na ocasião que a atriz  Lygia Sarmento foi advertida pela direção da rádio por ter se excedido em sussurros durante a  cena de um caloroso beijo de amor.
Lygia era uma excelente atriz que começou em teatro aos 16 anos na década de vinte. Trabalhou na Companhia Jaime Costa, quando viajou pelo Brasil inteiro. Entrou para o cinema em 1931 com “Alvorada da Serra”. Depois fez  “O jovem tataravô” e  “Segredo das asas”. Era, portanto, uma estrela, quando entrou para  o radioteatro da Nacional nos anos 40. Era uma figura encantadora na vida real, mas nas novelas era muito escalada para fazer o gênero megera. Morreu recentemente em  2007,  aos 94 anos por ironia, um dia após  a morte de Ghiaroni que morreu aos 89 anos.
Do  Anuário do Rádio, publicado em 1956, consta a seguinte declaração de Floriano Faissal o mesmo que 10 anos havia protagonizado a cena do “ataque” à sobrinha.
As novelas da Rádio Nacional se caracterizam sempre pela boa qualidade. Não admitimos a irradiação de textos negativos, destrutivos e em conseqüência indignos. Há assim, muita vigilância em torno das novelas programadas. Quer um pequeno detalhe? Ei-lo: não se permite na Rádio Nacional que o vocábulo “amante” apareça no texto de uma novela.
E na mesma publicação, há este depoimento de Sérgio Vasconcelos, outro diretor da emissora:
Na Rádio Nacional procuramos educar o público também através das novelas, incutindo no ouvinte bons  sentimentos, maneiras corretas de agir em sociedade. Quero apenas demonstrar que é assim que a Rádio Nacional educa, levando o ouvinte a repelir o mal e aplaudir o bem.
Minha aluna da Faculdade Moacyr Bastos, Cátia dos Santos Machado, em novembro de 2004 escreveu uma interessante monografia  sob o título: “A Rádio Nacional fazendo a alegria dos cariocas no final da década de 1940”.
No tocante à moralidade das novelas da época, extraio mais este  trecho.
“Na realidade a Nacional constituía-se assim, em um importante instrumento de influência na opinião  pública. A respeito, Miriam Goldfeder afirma que a emissora  fazia parte de um mecanismo de controle social, ‘destinado a manter as expectativas sociais dentro dos limites compatíveis com o sistema como um todo’. A mesma autora pondera: ‘ O que a Rádio Nacional propagava, em última instância, não era a excelência de um modelo político, mas a legitimidade de um tipo de sociedade e de um quadro de valores éticos’”.
                       Milton Rangel, fez centenas de personagens, porém o mais marcante:
                                                              Jeronimo, o herói do sertão


   Na segunda metade dos anos quarenta a Nacional lançou um programa muito interessante chamado “Atire a primeira pedra”. Era uma coletânea de histórias verídicas, que os ouvintes enviavam e eram radiofonizadas em histórias completas (isto é: princípio, meio e fim no mesmo dia). “Atire”...  Foi escrita durante anos por novelistas variados: Raimundo Lopes, Ghiaroni, Haroldo Barbosa entre outros, segundo registros dos arquivos da Nacional.  Às sextas-feiras às dez da noite, uma história completa em 25 minutos  na qual o personagem principal contava seu drama.A narrativa, sempre começava com a frase: “Meu nome é”...Ou “Eu me chamo”...  E ao final tomava uma decisão. Cabia ao ouvinte julgar se  o personagem agira certo ou errado.
Eram histórias muito bonitas e criativas que focalizavam temas humanos e bastante maduros e polêmicos para a época.Anos depois mudou de horário e passou para sábados às 11 e quinze da manhã  no horário patrocinado pela Sidney Ross. E também mudou de nome para “Que o céu me condene”. Os temas, por força do horário deixaram de  ser mais pesados, mas a beleza das histórias continuou a mesma.
Esta série é precursora do famoso “Você decide” que a TV Globo mostrou com enorme sucesso. No tempo do velho rádio, a interatividade usada pela televisão, décadas depois, era inviável  tecnicamente
Era, portanto um formato interessante, que consistia como dissemos em um narrador na primeira pessoa do singular que contava o seu drama com entradas de diálogos pelos demais atores. Ao fim do capítulo, tendo ao fundo o poema sinfônico “Morte e Transfiguração” de Richard Strauss, o ator dizia com toda  ênfase :

- Esta é a minha história. Estou aqui para ser julgado  E se agi errado alguém terá o direito de   me condenar.Que esse alguém, com a força de sua convicção  me atire a primeira pedra!

Quando o seriado mudou  de nome, logicamente  o  texto final sofreu alteração e ficou assim:
- Esta é a minha história. Estou aqui para ser julgado (a). E se agi errado, que o céu me condene “!”.

E a música que estava em fundo subia  a primeiro plano dando um clima de encerramento ao programa.
                       Ghiaroni, poeta e novelista: enorme contribuição ao radioteatro da Nacional

 O segredo do sucesso das radionovelas consistia simplesmente no fato, de que ao ouvinte  era permitido tudo imaginar. A interpretação dos atores, a sonoplastia, a contra-regra e o  texto levavam o ouvinte a idealizar a cena e com isso aflorar nele fortes emoções : ódio ou amor, ternura ou revolta, amizade ou horror, antipatia ou afeto.
Usando a entonação e a voz com habilidade, o radioator conseguia levar até o público emoções, muitas emoções. Paulo Gracindo certa vez interpretou um personagem que era um galã um negro. Ele falava corretamente. Era admirado, forte e respeitado,mas sempre evitando os  estereótipos. Chamava-se  Bentão.
De outra feita o mesmo Gracindo fez, sozinho o papel de dois irmãos gêmeos. Um era bom e o outro mau caráter. Mas para não se atrapalhar ele marcava o script com cores diferentes  já que às vezes eles contracenavam.


Muitos ouvintes,com freqüência, misturam realidade com fantasia. Isto acontece até hoje nas telenovelas, quando confundem  Persona com pessoa.
 Em A bela e a fera, Henriqueta Brieba (lembram-se dela em Por falta de roupa nova passei o ferro na velha quando já estava com quase 90 anos?) no final dos anos 40 interpreta uma mulher muito má. De tantas maldades que fez com Ismênia dos Santos, acaba, no derradeiro capítulo, louca, vagando pelas ruas e servindo de galhofa para os moleques e júbilo dos ouvintes.
 Uma tarde, Henriqueta recebe recado para retirar no serviço de correspondência da Nacional uma enorme caixa de papelão que havia chegado pelo correio.
Feliz da vida, imaginando um presente que uma ardorosa fã lhe havia mandado.
Ao abrir a caixa, na frente dos funcionários, o que viu foi uma grossa corda de uns 2 metros, e um bilhete que dizia:
 “Esta corda é para você se enforcar, para pagar as maldades que fez na novela, sua megera”!
Esta história me foi contada por Daisy Lúcidi.
                          Henriqueta Brieba, veio do teatro e estrelou o radioteatro da Nacional.
                                                                     Fazia drama e humor
                                          A doce e querida Henriqueta Brieba: 
                                                           papéis de megera na Nacional

Certa vez a excelente atriz Elza Gomes, que vivia um papel de megera numa novela da Nacional, quase foi agredida numa feira por uma fã revoltada com suas maldades.


QUAL DE VOCÊS É A GENOVEVA? QUERO QUEBRAR A CARA DELA!

   Carmem Sheila me contou a seguinte história. Houve nos anos 50 uma novela na Nacional escrita por Amaral Gurgel. Chamava-se a Menina da saudade e se passava no interior de uma fazenda no tempo da escravidão. O senhor do engenho, homem rico e poderoso,amiúde escolhia uma negrinha filha de escravos para transar. Eis que uma delas engravida.Nasce, então, uma menina que cresce e se transforma numa linda mulata, de feições finas e olhos esverdeados. Por outro lado, o dono da fazenda tem também uma filha com a esposa. Sendo a filha branca um pouco mais nova que a mulatinha. A fim de manter esta sempre por perto da casa grande, o dono reserva à negrinha a missão de ajudar a tomar conta da filha legítima. As duas crescem e brincam juntas. Ocorre que a branca, Genoveva era seu nome, era feia que nem a necessidade, contrastando com a beleza da mulatinha. Por inveja e despeito Genoveva está sempre fazendo maldades com a mulatinha, sem que esta possa se defender dada a enorme distância social. Os ouvintes tomam as dores da mulatinha e passam a ter ódio de morte por Genoveva.  Cartas e cartas chegam à emissora condenando a jovem megera e assumindo as dores da indefesa mulatinha. A novela seguia outras vertentes, mas a história das duas meninas, que fora concebida por Gurgel para ser uma história  secundária, repercutiu tanto, que superou o interesse da linha mestra da radionovela.
Numa tarde, uma ouvinte revoltada,  invade a sala de ensaios com a intenção de  agredir  a jovem atriz que interpretava a Genoveva. E dirigindo-se para as duas jovens atrizes, que estavam sentadas lada a lado segurando seus roteiros exclama: Qual de vocês é a Genoveva? Quero quebrar a cara dela!.Sorte das duas, que a ouvinte não pode concretizar o ato, impedida que foi por outros artistas.
                              Carmen Sheila: papel de menina na Nacional dos anos 50'. 
                                                              Hoje é brilhante dubladora
                                           Elza Gomes, megera nas radionovelas.
                                             Episódio curioso com a menina Carmen Sheila.

 DOUTOR MENDONÇA ATENDE NO CORREDOR DA RÁDIO.
FÃ ENTREGA UM ENXOVAL DE BEBÊ A ÍSIS DE OLIVEIRA.

Mas havia também o outro lado: uma senhora, apaixonada pela voz de Saint-Clair Lopes, o seu Benjamim, de “Em busca”...  decidiu doar em cartório, com reserva de uso e fruto, (citam algumas fontes, por testamento, segundo outros autores), seu único e modesto apartamento onde morava. Como não tinha herdeiros, doou
para “aquele que,  por meio da voz lhe tinha trazido tantas e tantas emoções através de seus personagens”.

Em busca da Felicidade” por ser uma novidade para os ouvintes, criou nesses uma empatia em que fantasia e realidade se confundiam.
Floriano Faissal,  o doutor Mendonça, se vestia muito bem. Gostava dos ternos brancos, inclusive os sapatos, como era moda nos anos 40.
Certa tarde, uma senhora foi à rádio dizendo que queria falar com o doutor Mendonça.
O porteiro, encaminhou-a ao Floriano, lógico.
Ao vê-lo no corredor o cumprimentou e chamando-o sempre de doutor Mendonça, pediu que Floriano a examinasse pois estava com um problema abdominal.
O ator  tentou explicar à ouvinte que ele não era a pessoa indicada para cuidar dela e para não magoá-la sugeriu que procurasse o doutor Paulo Roberto.
Esse era médico mesmo !
Desconheço o final dessa história, que  foi contada pelo próprio Floriano, durante uma palestra que coordenei na Universidade do Estado do Rio de Janeiro com a professora Marlene Blois em  22 de outubro de 1984
Mais adiante falarei da grande figura de Paulo Roberto, médico e radialista da Nacional.
Em O direito de nascer, Ísis de Oliveira que interpreta a jovem Maria Helena do Juncal, recebeu um enxoval completo de bebê, quando sua personagem engravidou e foi desprezada pelo pai o terrível Dom Rafael do Juncal.Sobre essa novela falaremos mais adiante.
Certa vez Rodolfo Mayer quase foi agredido por um grupo de ouvintes. Elas não aceitavam ver o personagem interpretado por ele,um homem sem escrúpulos,que engravidara uma jovem (Iara Sales), omitindo que era casado com uma senhora decente(Zezé Fonseca). O pequeno grupo ludibriou a segurança e partiu para cima do Rodolfo ofendendo-o. Eu e outros companheiros entramos no meio e tiramos o Rodolfo do sufoco. Contou Floriano Faissal em depoimento ao Museu da Imagem e do Som.
                       Rodolfo Mayer, do teatro foi para a Nacional onde brilhou nas novelas
                                                      Lourdes Mayer, mulher de Rodolfo: 
                                  Destaque  nas radionovelas desde Em busca da felicidade.


Saint-Clair Lopes foi outro que recebeu ameaças por carta e pessoalmente, ao interpretar uma peste chamada Manuel Justino na novela Renúncia,sucesso que ia ao ar às 9 da noite nos anos 40.
  Fico por aqui com essas histórias, algumas de bastidores. Mas breve voltarei ao assunto.

6 comentários:

  1. Boa tarde.
    Gostaria de externar meus agradecimento por trabalho perfeito.Voltei a minha infância nos idos da década de 50 e,nunca perdi ima novela ou estórias da Saudosa Rádio Nacional e de seu elenco espetacular e que jamais teremos um elenco de artistas iguais.Estranhei a falta do Roberto Faissal (acho que é assim que se grafa).
    Parabéns pelo trabalho ESPETACULAR.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sr Jorge, boa tarde! Também senti falta do grande Roberto Faissal, que fazia o papel principal do " O Cavaleiro da Noite" e Rodrigo, o Corsário Romântico" mas que se superou como Jesus Cristo na produção que movimentava todo o elenco da Nacional e ia ao ar todas as Sexta-Feiras Santas: O drama da Paixão de Cristo...Pena ele não ter citado. Também tenho muitas saudades de minha infância... lá na casa de meus pais, não se perdia uma novela da Nacional...

      Excluir
  2. o texto parece muito mais de alguém ressentido por não ter sido um grande profissional do radioteatro do que de alguém que devia se orgulhar da época.

    ResponderExcluir
  3. Meu objetivo neste blog e no livro A Era do Radioteatro é deixar registrada aquela época tão importante de nossa cultura e o extraordinário papel do rádio na sociedade brasileira.

    ResponderExcluir
  4. SAUDADES DA RADIO NACIONAL,,,,ERA CRIANÇA, E OUVIA A RADIO, ATÉ 1960..EM 1961, MUDEI PARA BELO HORIZONTE ( MG) E PASSEI A OUVIR OUTRAS RÁDIOS...

    ResponderExcluir
  5. Quantas saudades das novelas da Rádio Nacional!!..Eu e meus pais sentávamos a noite para ouvirmos "O Anjo" e " Jerônimo,o Herói do Sertão"...E havia também "O Teatro de Mistério" e tantas outras delícias do rádio teatro que tanto nutria nossa imaginação...Eram finais dos anos 50 e início dos anos 60num mundo tão diferente do que vemos hoje..Havia um certo recato e uma proposta de realmente educar o público...Nos comentários só faltou uma referência à radio atriz Neida Rodrigues cuja voz me encantava...e sobre a qual pouco é divulgado..nem mesmo uma foto..

    ResponderExcluir