Entrei para a Radio Nacional quando tinha 13 anos de idade no programa do Clube Juvenil Toddy, dirigido pela saudosa e querida professora Maria de Lourdes Alves. Lá atuei por 10 anos. Vi, vivi e ouvi muitas histórias. Algumas delas conto para vocês neste blog para que conheçam um pouco mais sobre o nosso rádio. Vamos as que selecionei para hoje.
Jorge Bico, fazendo efeitos sonoros nas novelas dos anos 50:
Renato Murce: autor de Piadas do Manduca e Alma do Sertão.
Foi também radioator.
Floriano Faissal: cérebro do radioteatro da Nacional
Roberto Salvador, autor deste blog aos 13 anos
Rodolfo Mayer, Abigail Maia e Floriano:
descontração no estúdio de radioteatro
O elenco de radioteatro recebia direto dos anunciantes o mesmo
ocorrendo com Vitor Costa. O faturamento da rádio deu um pulo, os horários das
novelas aumentaram e a audiência idem.
A PRE-8 era líder em todo o
Brasil. Chegaram novos transmissores de ondas curtas além da onda média e a
cobertura era nacional.
“No ar a novela das nove, sob o patrocínio do Óleo de Peroba, o supremo
renovador dos móveis”.
Os autores que mais se destacaram
nessa faixa foram Oduvaldo Vianna, Amaral Gurgel e Ghiaroni.
Duas novelas, entre as muitas que fizeram enorme
sucesso foram “A bela e a fera” e A gloriosa mentira “esta última de Ghiaroni”.
Numa dessas novelas, não sei qual
das duas, havia um personagem cômico, alegre,
vivido pelo grande Walter Dávila. Era o doutor Memeco, que ao formular
qualquer frase. Tinha um cacoete que o fazia dizer
- “Meco! Meco-meco”! E
depois dizia o que tinha que dizer.
“A gloriosa mentira” tinha Ismênia dos Santos e Celso Guimarães como o casal de mocinhos.
Destaque para Floriano Faissal
que interpretava um tio, apaixonado pela sobrinha (Ismênia dos Santos) .
Numa noite,no clímax da novela,
um dos capítulos termina com o tio, embriagado, querendo agarrar a moça para
beijar. A cena foi forte, pois a contrarregra arrastava cadeiras, louça se quebrava, com
ela tentando se desvencilhar,
enquanto se ouvia o personagem de Floriano gritar:
-Venha cá ! Quero beijar estes
lábios carnudos e vermelhos!
Este rosto lindo e macio !
E a moça gritava e fugia:
-Não meu tio ! Não faça isso !
Ao fundo, a sonoplastia executava
uma música agitada e dramática que se fundiu com o sufixo da novela.
No dia seguinte à transmissão houve
reação do público. Muitos
protestos escandalizados enquanto
outros, veladamente, invejando o tio tarado, pois a voz de Ismênia dos
Santos era uma tentação de tão linda.
Confesso que até hoje não consigo
aceitar aquela “escorregada” de “A
gloriosa mentira”. Foi uma cena
forte, embora em uma novela às 9 da noite. (Naquela época as crianças dormiam
cedo). Não consigo compreender simplesmente pelo fato de que os padrões de
autocensura na emissora eram muito fortes. E o próprio Floriano, que
interpretou a cena, se transformaria, mais tarde, num zeloso guardião da ética
e da moral no radioteatro que ele veio a dirigir, como veremos um pouco mais
adiante.
Edmo do Vale: primeiro especialista em efeitos sonoros para novelas.
Álvaro Aguiar, escrevia e apresentava As aventuras do Anjo.'
Foi também o Tio Janjão, radioteatro infantil escrito por Oranice Franco: anos 50
A bela voz de Cesar Ladeira:
A cronica da cidade,de segunda a sexta às 13 horas, de Genolino Amado.
Narrou também A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Ghiaroni.
Darcy Pedrosa, bela voz do radioteatro.
Aqui, já dublador no Rio de Janeiro.
Ismênia dos Santos era assim quando começou no radioteatro
Ísis de Oliveira, atuou na primeira novela.Fui a atriz mais beijada do radioteatro".
Cahué Filho, eclético, fazia vários personagens.
Foi o Moleque Saci, da série Jeronimo
Lúcia Delor: voz marcante nas radionovelas.
Luis Manoel, entrou para o radioteatro aos 12 anos.
Hoje é diretor de dublagem
Mário Lago fez de tudo em rádio: novelista, ator, cantor e compositor. Ligado ao Partido Comunista, preso várias vezes, foi cassado e demitido em 1964.
Leio, com algum a freqüência, que
as novelas do velho rádio evitam tocar
em determinados assuntos tabus para a época. Realmente as novelas jamais
falavam de homossexualismo. Este era abordado apenas de forma jocosa nos
programas humorísticos como ocorre até hoje na televisão.O mesmo acontecendo com
determinados tipos de preconceito que
estavam presentes a todo instante, ridicularizando o negro, o nordestino, o
imigrante, o gago, o surdo ou o mudo. Isto era mais evidente nos programas de
humor.
O adultério, a suposição de
incesto, a curra ou a tentativa de
estupro, volta e meia rolavam, embora em cenas veladas ou levemente sugeridas ou referidas, especialmente nas
novelas noturnas. Esses assuntos não eram tratados de forma explícita. Eram
apenas “sugeridos” com habilidade pelos novelistas. O restante ficava por conta
da imaginação do ouvinte
Embora, palavra amante
não fosse citada, o adultério, a
traição, os triângulos amorosos era uma constante. Cá pra nós, caso contrário
as histórias seriam uma enorme chatice.
Se as relações sexuais eram
apenas sugeridas nos filmes, não seria o rádio que as explicitaria. Assim,
gritos e sussurros para sugerir atos sexuais
eram muito discretos ou praticamente ausentes. O máximo que acontecia
era um beijo mais demorado com os atores
inspirando e em seguida prendendo a respiração por dois segundos e
expirando juntos. Esse era o beijo “cinematográfico” através do rádio.
Meu amigo Sérgio Rubens que
trabalhou comigo no Clube Juvenil Toddy
me conta que ele soube na ocasião que a atriz
Lygia Sarmento foi advertida pela direção da rádio por ter se excedido
em sussurros durante a cena de um
caloroso beijo de amor.
Lygia era uma excelente atriz que
começou em teatro aos 16 anos na década de vinte. Trabalhou na Companhia Jaime
Costa, quando viajou pelo Brasil inteiro. Entrou para o cinema em 1931 com
“Alvorada da Serra”. Depois fez “O jovem
tataravô” e “Segredo das asas”. Era,
portanto, uma estrela, quando entrou para
o radioteatro da Nacional nos anos 40. Era uma figura encantadora na
vida real, mas nas novelas era muito escalada para fazer o gênero megera.
Morreu recentemente em 2007, aos 94 anos por ironia, um dia após a morte de Ghiaroni que morreu aos 89 anos.
Do Anuário do Rádio, publicado
em 1956, consta a seguinte declaração de Floriano Faissal o mesmo que 10 anos
havia protagonizado a cena do “ataque” à sobrinha.
As novelas da Rádio Nacional se caracterizam sempre pela boa qualidade.
Não admitimos a irradiação de textos negativos, destrutivos e em conseqüência
indignos. Há assim, muita vigilância em torno das novelas programadas. Quer um
pequeno detalhe? Ei-lo: não se permite na Rádio Nacional que o vocábulo
“amante” apareça no texto de uma novela.
E na mesma publicação, há este
depoimento de Sérgio Vasconcelos, outro diretor da emissora:
Na Rádio Nacional procuramos educar o público também através das
novelas, incutindo no ouvinte bons
sentimentos, maneiras corretas de agir em sociedade. Quero
apenas demonstrar que é assim que a Rádio Nacional educa, levando o ouvinte a
repelir o mal e aplaudir o bem.
Minha aluna da Faculdade Moacyr
Bastos, Cátia dos Santos Machado, em novembro de 2004 escreveu uma interessante
monografia sob o título: “A Rádio
Nacional fazendo a alegria dos cariocas no final da década de 1940”.
No tocante à moralidade das
novelas da época, extraio mais este
trecho.
“Na realidade a Nacional
constituía-se assim, em um importante instrumento de influência na opinião pública. A respeito, Miriam Goldfeder afirma
que a emissora fazia parte de um
mecanismo de controle social, ‘destinado a manter as expectativas sociais
dentro dos limites compatíveis com o sistema como um todo’. A mesma autora
pondera: ‘ O que a Rádio Nacional propagava, em última instância, não era a
excelência de um modelo político, mas a legitimidade de um tipo de sociedade e
de um quadro de valores éticos’”.
Milton Rangel, fez centenas de personagens, porém o mais marcante:
Jeronimo, o herói do sertão
Na segunda metade dos anos
quarenta a Nacional lançou um programa muito interessante chamado “Atire a
primeira pedra”. Era uma coletânea de histórias verídicas, que os ouvintes
enviavam e eram radiofonizadas em histórias completas (isto é: princípio, meio
e fim no mesmo dia). “Atire”... Foi
escrita durante anos por novelistas variados: Raimundo Lopes, Ghiaroni, Haroldo
Barbosa entre outros, segundo registros dos arquivos da Nacional. Às sextas-feiras às dez da noite, uma
história completa em 25 minutos na qual
o personagem principal contava seu drama.A narrativa, sempre começava com a
frase: “Meu nome é”...Ou “Eu me chamo”...
E ao final tomava uma decisão. Cabia ao ouvinte julgar se o personagem agira certo ou errado.
Eram histórias muito bonitas e
criativas que focalizavam temas humanos e bastante maduros e polêmicos para a
época.Anos depois mudou de horário e passou para sábados às 11 e quinze da
manhã no horário patrocinado pela Sidney
Ross. E também mudou de nome para “Que o céu me condene”. Os temas, por força
do horário deixaram de ser mais pesados,
mas a beleza das histórias continuou a mesma.
Esta série é precursora do famoso
“Você decide” que a TV Globo mostrou com enorme sucesso. No tempo do velho
rádio, a interatividade usada pela televisão, décadas depois, era inviável tecnicamente
Era, portanto um formato
interessante, que consistia como dissemos em um narrador na primeira pessoa do
singular que contava o seu drama com entradas de diálogos pelos demais atores.
Ao fim do capítulo, tendo ao fundo o poema sinfônico “Morte e Transfiguração”
de Richard Strauss, o ator dizia com toda
ênfase :
- Esta é a minha história. Estou aqui para ser julgado E se agi errado alguém terá o direito de me condenar.Que esse alguém, com a força de
sua convicção me atire a primeira pedra!
Quando o seriado mudou de nome, logicamente o
texto final sofreu alteração e ficou assim:
- Esta é a minha história. Estou aqui para ser julgado (a). E se agi
errado, que o céu me condene “!”.
E a música que estava em fundo
subia a primeiro plano dando um clima de
encerramento ao programa.
Ghiaroni, poeta e novelista: enorme contribuição ao radioteatro da Nacional
Usando a entonação e a voz com
habilidade, o radioator conseguia levar até o público emoções, muitas emoções.
Paulo Gracindo certa vez interpretou um personagem que era um galã um negro.
Ele falava corretamente. Era admirado, forte e respeitado,mas sempre evitando
os estereótipos. Chamava-se Bentão.
De outra feita o mesmo Gracindo
fez, sozinho o papel de dois irmãos gêmeos. Um era bom e o outro mau caráter.
Mas para não se atrapalhar ele marcava o script com cores diferentes já que às vezes eles contracenavam.
Muitos ouvintes,com freqüência,
misturam realidade com fantasia. Isto acontece até hoje nas telenovelas, quando
confundem Persona com pessoa.
Feliz da vida, imaginando um
presente que uma ardorosa fã lhe havia mandado.
Ao abrir a caixa, na frente dos
funcionários, o que viu foi uma grossa corda de uns 2 metros , e um bilhete que
dizia:
Esta história me foi contada por
Daisy Lúcidi.
Henriqueta Brieba, veio do teatro e estrelou o radioteatro da Nacional.Fazia drama e humor
A doce e querida Henriqueta Brieba:
papéis de megera na Nacional
Certa vez a excelente atriz Elza
Gomes, que vivia um papel de megera numa novela da Nacional, quase foi agredida
numa feira por uma fã revoltada com suas maldades.
QUAL DE VOCÊS É A GENOVEVA? QUERO
QUEBRAR A CARA DELA!
Carmem Sheila me contou a
seguinte história. Houve nos anos 50 uma novela na Nacional escrita por Amaral
Gurgel. Chamava-se a Menina da saudade
e se passava no interior de uma fazenda no tempo da escravidão. O senhor do
engenho, homem rico e poderoso,amiúde escolhia uma negrinha filha de escravos
para transar. Eis que uma delas engravida.Nasce, então, uma menina que cresce e
se transforma numa linda mulata, de feições finas e olhos esverdeados. Por
outro lado, o dono da fazenda tem também uma filha com a esposa. Sendo a filha
branca um pouco mais nova que a mulatinha. A fim de manter esta sempre por
perto da casa grande, o dono reserva à negrinha a missão de ajudar a tomar
conta da filha legítima. As duas crescem e brincam juntas. Ocorre que a branca,
Genoveva era seu nome, era feia que nem a necessidade, contrastando com a
beleza da mulatinha. Por inveja e despeito Genoveva está sempre fazendo
maldades com a mulatinha, sem que esta possa se defender dada a enorme
distância social. Os ouvintes tomam as dores da mulatinha e passam a ter ódio de
morte por Genoveva. Cartas e cartas
chegam à emissora condenando a jovem megera e assumindo as dores da indefesa
mulatinha. A novela seguia outras vertentes, mas a história das duas meninas,
que fora concebida por Gurgel para ser uma história secundária, repercutiu tanto, que superou o
interesse da linha mestra da radionovela.
Numa tarde, uma ouvinte
revoltada, invade a sala de ensaios com
a intenção de agredir a jovem atriz que interpretava a Genoveva. E
dirigindo-se para as duas jovens atrizes, que estavam sentadas lada a lado
segurando seus roteiros exclama: Qual de
vocês é a Genoveva? Quero quebrar a
cara dela!.Sorte das duas, que a ouvinte não pode concretizar o ato,
impedida que foi por outros artistas.
Carmen Sheila: papel de menina na Nacional dos anos 50'. Hoje é brilhante dubladora
Elza Gomes, megera nas radionovelas.
Episódio curioso com a menina Carmen Sheila.
DOUTOR MENDONÇA ATENDE NO CORREDOR DA RÁDIO.
FÃ ENTREGA UM ENXOVAL DE BEBÊ A
ÍSIS DE OLIVEIRA.
Mas havia também o outro lado:
uma senhora, apaixonada pela voz de Saint-Clair Lopes, o seu Benjamim, de “Em
busca”... decidiu doar em cartório, com
reserva de uso e fruto, (citam algumas fontes, por testamento, segundo outros
autores), seu único e modesto apartamento onde morava. Como não tinha
herdeiros, doou
para “aquele que, por meio da voz lhe tinha trazido tantas e
tantas emoções através de seus personagens”.
“Em busca da Felicidade” por ser uma novidade para os ouvintes,
criou nesses uma empatia em que fantasia e realidade se confundiam.
Floriano Faissal, o doutor
Mendonça, se vestia muito bem. Gostava dos ternos brancos, inclusive os
sapatos, como era moda nos anos 40.
Certa tarde, uma senhora foi à
rádio dizendo que queria falar com o doutor
Mendonça.
O porteiro, encaminhou-a ao
Floriano, lógico.
Ao vê-lo no corredor o
cumprimentou e chamando-o sempre de doutor
Mendonça, pediu que Floriano a examinasse pois estava com um problema
abdominal.
O ator tentou explicar à ouvinte que ele não era a
pessoa indicada para cuidar dela e para não magoá-la sugeriu que procurasse o
doutor Paulo Roberto.
Esse era médico mesmo !
Desconheço o final dessa
história, que foi contada pelo próprio
Floriano, durante uma palestra que coordenei na Universidade do Estado do Rio
de Janeiro com a professora Marlene Blois em
22 de outubro de 1984
Mais adiante falarei da grande
figura de Paulo Roberto, médico e radialista da Nacional.
Em O direito de nascer, Ísis de Oliveira que interpreta a jovem Maria Helena do Juncal, recebeu um
enxoval completo de bebê, quando sua personagem engravidou e foi desprezada
pelo pai o terrível Dom Rafael do Juncal.Sobre
essa novela falaremos mais adiante.
Certa vez Rodolfo Mayer quase foi
agredido por um grupo de ouvintes. Elas não aceitavam ver o personagem
interpretado por ele,um homem sem escrúpulos,que engravidara uma jovem (Iara
Sales), omitindo que era casado com uma senhora decente(Zezé Fonseca). O pequeno grupo ludibriou a segurança e
partiu para cima do Rodolfo ofendendo-o. Eu e outros companheiros entramos no
meio e tiramos o Rodolfo do sufoco. Contou Floriano Faissal em depoimento
ao Museu da Imagem e do Som.
Rodolfo Mayer, do teatro foi para a Nacional onde brilhou nas novelas
Lourdes Mayer, mulher de Rodolfo:
Destaque nas radionovelas desde Em busca da felicidade.
Saint-Clair Lopes foi outro que
recebeu ameaças por carta e pessoalmente, ao interpretar uma peste chamada Manuel Justino na novela Renúncia,sucesso que ia ao ar às 9 da
noite nos anos 40.
Fico por aqui com essas histórias, algumas de bastidores. Mas breve voltarei ao assunto.
Boa tarde.
ResponderExcluirGostaria de externar meus agradecimento por trabalho perfeito.Voltei a minha infância nos idos da década de 50 e,nunca perdi ima novela ou estórias da Saudosa Rádio Nacional e de seu elenco espetacular e que jamais teremos um elenco de artistas iguais.Estranhei a falta do Roberto Faissal (acho que é assim que se grafa).
Parabéns pelo trabalho ESPETACULAR.
Sr Jorge, boa tarde! Também senti falta do grande Roberto Faissal, que fazia o papel principal do " O Cavaleiro da Noite" e Rodrigo, o Corsário Romântico" mas que se superou como Jesus Cristo na produção que movimentava todo o elenco da Nacional e ia ao ar todas as Sexta-Feiras Santas: O drama da Paixão de Cristo...Pena ele não ter citado. Também tenho muitas saudades de minha infância... lá na casa de meus pais, não se perdia uma novela da Nacional...
Excluiro texto parece muito mais de alguém ressentido por não ter sido um grande profissional do radioteatro do que de alguém que devia se orgulhar da época.
ResponderExcluirMeu objetivo neste blog e no livro A Era do Radioteatro é deixar registrada aquela época tão importante de nossa cultura e o extraordinário papel do rádio na sociedade brasileira.
ResponderExcluirSAUDADES DA RADIO NACIONAL,,,,ERA CRIANÇA, E OUVIA A RADIO, ATÉ 1960..EM 1961, MUDEI PARA BELO HORIZONTE ( MG) E PASSEI A OUVIR OUTRAS RÁDIOS...
ResponderExcluirQuantas saudades das novelas da Rádio Nacional!!..Eu e meus pais sentávamos a noite para ouvirmos "O Anjo" e " Jerônimo,o Herói do Sertão"...E havia também "O Teatro de Mistério" e tantas outras delícias do rádio teatro que tanto nutria nossa imaginação...Eram finais dos anos 50 e início dos anos 60num mundo tão diferente do que vemos hoje..Havia um certo recato e uma proposta de realmente educar o público...Nos comentários só faltou uma referência à radio atriz Neida Rodrigues cuja voz me encantava...e sobre a qual pouco é divulgado..nem mesmo uma foto..
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