sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DA RÁDIO TUPY À SUPER-RÁDIO TUPI: OITENTA ANOS NESTE 25 DE SETEMBRO!



VINTE E CINCO DE SETEMBRO: OITENTA ANOS DA RÁDIO TUPI!
Eis uma boa oportunidade para relembrar um pouco da história  dessa emissora que desempenhou e desempenha importante papel  na radiofonia brasileira.Neste blog, em outras postagens você querido amigo, que nos acompanha com tanto carinho irá encontrar inúmeras referências a esta emissora que surgiu da tenacidade e do empreendedorismo de Assis Chateaubriand.
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ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A TUPI, EXTRAÍDAS DO LIVRO A ERA DO RADIOTEATRO.

A RÁDIO TUPI: MENINA DOS OLHOS DE ASSIS CHATEAUBRIAND
Assis Chateaubriand Bandeira de Mello criara em  1924, um imenso império: os Diários Associados. Eram jornais matutinos e vespertinos, revistas e estações de rádio de norte a sul do país. Mais tarde chegaria o pioneirismo da televisão. Mas o Velho capitão, como era chamado, tinha como menina dos seus olhos, a Rádio Tupi do Rio, que ele inaugurara no dia 25 de setembro de 1935. E não fez por menos: quem acionou os equipamentos foi   Guglielmo Marconi, que acompanhado de sua esposa e do casal Chateaubriand cortou a fita inaugural.  O nome Tupi, segundo Dario Magalhães, então diretor da rádio expressava “os motivos nacionais que orientavam a empresa”. Mas a rádio ganhou logo um apelido carinhoso de Chateaubriand: “O  Cacique do Ar”.
O Velho Capitão


Marconi

Programa de inauguração



Caymmi começou na rádio em 1938


A programação da emissora era variada e arrojada para a época. Muita música, radioteatro pioneiro, artistas jovens mesclados com outros mais experientes que vinham do teatro e das revistas musicais dos shows dos cassinos e dos teatros da praça Tiradentes.
Havia também o jornalismo aproveitado dos matutinos e vespertinos dos Diários Associados.
Assis Chateaubriand queria transformar a PRG-3 rádio Tupi do Rio de Janeiro na maior emissora de rádio do Brasil.
A partir dos anos quarenta cresceu ainda mais, quando surgiu no cenário radiofônico a Rádio Nacional do Rio, aquela que seria sua implacável concorrente.


                         Anos quarenta: família ouve rádio: 
                                                           o grande veiculo da época

  • E VEIO A PRIMEIRA NOVELA Dlo Porto.
Paulo Gracindo, um dos pioneiros: 
 escreveu e interpretou Mulheres de Bronze.Foi o galã.
Norka Smith foi a mocinha.

     Paulo Porto era o vilão da primeira novela do rádio brasileiro: Mulheres de Bronze


Almirante, a maior patente do rádio, como era conhecido.
Pioneiro do rádio e da Tupi

Ary Barroso fazia de tudo na Tupi: 
compositor, músico, locutor esportivo, animador de auditório.


A CORAGEM DE CHATEAUBRIAND: EM PLENA II GUERRA INSTALAÇÕES MODERNAS PARA A TUPI!
No início dos anos quarenta  o Velho Capitão queria transformar a rádio Tupi na maior emissora carioca. As pioneiras instalações da rua Santo Cristo, 148 foram transferidas para a rua Venezuela 43. No térreo instalaram-se estúdios e o palco-auditório, como se dizia na época. Equipamento era o que havia de mais moderno. O auditório refrigerado, (um luxo na época) com poltronas de veludo vermelho, com uma imensa cortina prateada na entrada do palco. Nas paredes painéis de Portinari. Era lindo!

ACABOU A GUERRA! ACABOU A GUERRA!
Quem deu a notícia, furando o conceituado Repórter Esso, foi o locutor Décio Luiz pela Rádio Tupi.

RADIO SEQUENCIA G-3
A direção da Tupi, cujo prefixo era PRG-3 decidiu criar uma programação de auditório, num horário inédito: de onze da manhã a uma e meia da tarde.
Chamava-se Rádio Sequencia G-3, sob o comando de Gilberto Martins e depois de Paulo Gracindo, que pertencia ao radioteatro.
Olhem só quem trabalhava no programa:
Animador Paulo Gracindo.
Produtores Max Nunes, Manoel de Nóbrega, Haroldo Barbosa e Silvino Neto.
E na parte musical, destaque para Gilberto Alves, Pixinguinha, Odete Amaral, Carlos Galhardo, Silvio Caldas, o casal Zé e Zilda,o conjunto regional de Benedito Lacerda e um jovem de cabelos pretos que se apresentava com seu violão cantando o mar e a Bahia: Dorival Caymmi.
Orquestras  Carioca e Severino Araujo.
O contrarregra do programa era Jorge Veiga .

O auxiliar de Gracindo: um rapaz magrinho que só possuía um terno: Abelardo Barbosa, que anos mais tarde  incorporaria o nome “Chacrinha”.
Já que o Presidente Dutra havia  fechado os cassinos no Brasil, em 1945, o Abelardo Barbosa resolveu criar o seu ...
Paulo Moreno, Aliomar de Matos e outros radioatores dos anos 50

                                         O especialista em efeitos sonoros Geraldo José
                                                                        e Paulo Gracindo
Ioná Magalhães, Nair Amorim e Aliomar de Matos:
estrelas do radioteatro dos anos 50.


Foto atual do prédio dos estúdios da Tupi. Inaugurado em 1941, sofreria incêndio em 49.
Recuperado em 1950, abrigou o Maracanã dos auditórios

Chacrinha nos primórdios da Tupi e depois na TV



Antonio Maria nos anos 50:
escrevia programas, apresentava e narrava futebol

Dircinha a Linda Batista. Estrelas da música: 
quando veio a TV Tupi em 51 se dividiram entre o rádio a TV e o disco

Collid Filho,locutor de bela voz. Veterano,
 com seu programa Salão Grená.

Julio Louzada, apresentava Pausa para Meditação,e Oração da Ave Maria.
Com seu prestigio e respeito no rádio elegeu-se vereador por vários anos.


Aracy de Almeida, uma das primeiras cantoras da emissora nos anos trinta 

Gilberto Alves, primeiro à esquerda
 e outros artistas não identificados
 passeiam pelo Rio de Janeiro dos anos 40
Gilberto Alves atracão do auditório como cantor. 
Depois se transformou em comunicador.



Odete Amaral foi estrela dos programas de auditório da PRG-3



A MÚSICA   PREFIXO DE RÁDIO SEQUENCIA G-E ERA DE AUTORIA DE JOSÉ MAURO. EIS A LETRA.

Que porção de atrações vem ouvir.
Vem ouvir anedota.
Assistir com prazer
Mariquinha e Maricota.
Tem gargalhada.
Tem a boa piada.
Tem também alegria.
Tem a queixa do dia.
Onze e meia acabou de bater.Bom humor vem chegando.
Pra tomar o comando.
Que sensação vai ser.
Aqui está outra vez a Sequência G-3.
Não deixe de ouvir, se quer divertir.
Com Pêra, Matinhos e França, vai rir.
De 5 em 5 minutos ouvindo...
A voz do Paulo Gracindo.
Entrava no palco, então, sob os aplausos em seu impecável terno branco, Gracindo determinando:
Minha senhora,  largue as panelas e venha ouvir Rádio Sequência G-3!




ACALANTO, DE DORIVAL CAYMMI ABRIA E ENCERRAVA AS TRANSMISSOES DA PRG-3
Essa linda composição cantada pelo casal Dorival e Stela Maris, composta para a então neném Nana Caymmi nos anos 40, caiu no gosto da direção da emissora associada e passou a abrir as transmissões às 6 da manhã e encerrá-las após a meia-noite.

A TRAGÉDIA DO INCÊNDIO!         
 Madrugada de 12 de março  de 1949. As modernas instalações foram totalmente destruídas por violento incêndio. Mas a Tupi deu a volta por cima:  um grande e moderno  auditório foi construído no último andar. Surge o Maracanã dos auditórios e um moderno estúdio de radioteatro com novelas enriquecendo a programação.

Paulo Gracindo comandou o famoso programa de auditório "Rádio Seqüência G-3", que passou a ser transmitido no antigo Cinema Íris, logo após o incêndio ocorrido na rádio, em 1949

O GRANDE MATUTINO TUPI.
Ia ao ar de 7 às 8 todas as manhãs. À noite era a vez do Grande Jornal Falado Tupi de 10 às 11 da noite. O ouvinte Tupi saia de casa bem informado e ia dormir sabendo do que havia acontecido durante o dia. Os dois noticiários seguiam a lógica dos jornais impressos daqueles tempo: os matutinos e os vespertinos.

FINAL DOS ANOS CINQUENTA: 100 KW NA ANTENA!
É a Tupi do esporte com Oduvaldo Cozzi. Do radioteatro com Ioná Magalhães, Orlando Drumond, Amélia Simone, Aliomar de Matos, Nair Amorim, Paulo Moreno, Rodolfo Mayer... Dos animadores Ary Barroso, Antonio Maria...Dos humoristas Nádia Maria, Matinhos, Hamilton Ferreira, Nancy Wanderley... Dos cantores Silvio Caldas, Dalva de Oliveira... Vicente Celestino ... Dos maestros  Carioca, Cipó, Severino Araujo...Aldo Taranto, Morpheu...  Dos locutores Carlos Frias, Osvaldo Luiz, Collid Filho... Dos produtores Haroldo Barbosa, Max Nunes, Almirante, J. Ruy, José Mauro...Uma grande Tupi; a Super Rádio Tupi!

JORNALISMO: QUANDO O GALO CANTA O  CACIQUE INFORMA!
As fanfarras e o canto do galo,  uma imitação a cargo do genial Orlando Drumond fazia os ouvintes aumentarem o volume do rádio.

O GRANDE MATUTINO TUPI.
Ia ao ar de 7 às 8 todas as manhãs. À noite era a vez do Grande Jornal Falado Tupi de 10 às 11 da noite. O ouvinte Tupi saia de casa bem informado e ia dormir sabendo do que havia acontecido durante o dia. Os dois noticiários seguiam a lógica dos jornais impressos daqueles tempo: os matutinos e os vespertinos.

ACALANTO, DE DORIVAL CAYMMI ABRIA E ENCERRAVA AS TRANSMISSÕES.
Essa linda composição cantada pelo casal Dorival e Stela Maris, composta para a então neném Nana Caymmi nos anos 40, caiu no gosto da direção da emissora associada e passou a abrir as transmissões às 6 da manhã e encerrá-las após a meia-noite.

 Ary Barroso, em 1937, comandou o programa "Calouros em Desfile", na rede Tupi. Em 1938, começa na Rádio Tupi, como locutor, comentarista, humorista e ator. Em 1939 lança o famoso samba "Aquarela do Brasil". Em 1962, faz sucesso com o programa "Encontros do Ary". Foi locutor de futebol, ficando famoso pela gaitinha que tocava toda vez que narrava um gol.

 Dircinha e sua irmã, Linda Batista ficaram conhecidas na década de 40 como Irmãs Batista. Em 1943, assinou seu contrato na Super Rádio Tupi como rádio-atriz, na novela “Meu Amor”, de Hélio Soveral e em 1947, foi eleita a Rainha do Rádio. Morreu em 18/06/1999, vítima de uma parada cardíaca.

Aracy de Almeida nasceu em 19 de agosto de 1914. Em 1936 foi para a Rádio Tupi e gravou com sucesso duas músicas de Noel Rosa: Palpite infeliz e O X do problema.


Júlio Louzada iniciou sua carreira na Super Rádio Tupi em 1938 onde apresentava a Ave Maria às 18 horas. Durante a década de 40, ficou responsável pelos programas “Paquetá em Serenata” e “Pausa para Meditação”. Em 1973, alcançou um nº de cartas jamais atingido em qualquer época do rádio e da televisão, 300.000. Faleceu em 27/08/1993.

Collid Filho apresentava os programas “Collid Disco”, “Roberto Carlos especial e seus convidados” e “Salão Grená”, com tangos, boleros e canções. No dia 30 de agosto de 2002, logo após os Sentinelas da Tupi, Collid Filho começou a passar mal. Mesmo assim, continuou com seu programa até o fim. Logo depois, foi convencido de ir a um hospital, o Hospital São Lucas. Lá ele ficou internado por 8 meses, antes de seu falecimento

Almirante iniciou em 1938 suas atividades de radialista, e ficou conhecido como "A Mais Alta Patente do Rádio". Curiosidades Musicais (1938), sob seu comando, foi o primeiro programa de rádio com montagem, no Brasil. Em 1940, passou a dedicar-se somente ao rádio, tendo sido responsável por famosos programas, como: Carnaval Antigo (1946), Incrível Fantástico Extraordinário (1947), O Pessoal da Velha Guarda (1948) e No Tempo de Noel Rosa (1951).


A PATRULHA DA CIDADE RESISTE AO TEMPO. DESDE 1960 NO AR!

A Patrulha da cidade foi ao ar pela primeira vez na Rádio Tupi em 2 de janeiro de 1960.  Narrando  acontecimentos policiais de forma jocosa, alegre e debochada, numa espécie de dramaturgia policial é, o que eu poderia chamar de uma espécie de  tragédia escrachada. Os fatos são reais e ouvindo a narrativa e a interpretação dos atores é impossível  não achar graça na desgraça, embora isso pareça estranho.
Segundo o redator da Patrulha,Jorge Miguel  o programa usa muitos adjetivos. O ladrão é pilantra, xexelento. A terminologia usada é a do malandro carioca, das comunidades. E qual é a metodologia? Apuração do jornalismo 24 horas. Eu passo por aqui de manhã (na redação da Tupi), pegando tudo que acontece de madrugada. Até o horário do programa, vou filtrando as notícias.
Samuel Correia, o Samuca: 
pioneiro na Patrulha da Cidade.

Vicente Celestino, a voz orgulho do Brasil, 
tinha um programa só dele no Maracanã dos auditórios



Alberto Curi: 
 uma das vozes pioneiras de Sentinelas da Tupi


 Alberto Curi atuou como noticiarista na Rádio Tupi e na TV Tupi, onde apresentava o "Diário de Um Repórter", uma crônica diária escrita por David Násser. Contratado pela Agência Nacional, do Governo Federal, Curi transmitiu as mais importantes cerimônias oficiais realizadas no Brasil, com diversos presidentes da República. Além disso Alberto Curi foi quem noticiou em cadeia nacional de rádio e televisão o AI-5 e a morte de Charles De Gaulle


A TURMA DA MARÉ MANSA ACABA VIRANDO NOME DE LOJA
Este famoso programa humorístico, lançado pela Rádio Mayrink Veiga na época de ouro do radioteatro de humor, atravessou estoicamente o  tempo.Quando a Mayrink foi fechada pelo governo militar em 1964 o programa migrou para a Super Tupi, onde fez enorme sucesso com abrangência nacional.Era tudo gravado em um estúdio fora e a fita era encaminhada para a Tupi que colocava o programa no ar.
O locutor Cid Moreira anunciava: No ar a  Turma da maré mansa. Sob o patrocínio exclusivo da Impecável Maré Mansa.
Eis alguns nomes do elenco: Ema  e Walter D’avila, Orlando Drumond, Altivo Diniz, Pituca, Matinhos, Germano, Neida Rodrigues, Celma Lopes, Zé Trindade,Antonio Carlos e outros. O narrador era Antonio Luiz.
O prestígio do humorístico foi tamanho que a  loja incorporou o nome maré mansa.

Inauguração do Maracanã dos auditórios em 1959

Evaldo Ruy, produzia programas nos anos 40 e 50.

Maria Muniz e Telmo de Avelar: ela atriz e novelista. Ele radioator.

Nair Amorim. Estrela da série A Novela Religiosa.
Os ouvintes tinham tanto respeito por seu personagens "santos"que ela evitava usar roupas decotadas e levava vida discreta.

Zé e Zilda: Quem se lembra de "Você pensa que cachaça é água"?

A TURMA DA MARÉ MANSA ACABA VIRANDO NOME DE LOJA
Este famoso programa humorístico, lançado pela Rádio Mayrink Veiga na época de ouro do radioteatro de humor, atravessou estoicamente o tempo.Quando a Mayrink foi fechada pelo governo militar em 1964 o programa migrou para a Super Tupi, onde fez enorme sucesso com abrangência nacional.Era tudo gravado em um estúdio fora e a fita era encaminhada para a Tupi que colocava o programa no ar.
O locutor Cid Moreira anunciava: No ar a  Turma da maré mansa. Sob o patrocínio exclusivo da Impecável Maré Mansa.
Eis alguns nomes do elenco: Ema  e Walter D’avila, Orlando Drumond, Altivo Diniz, Pituca, Matinhos, Germano, Neida Rodrigues, Celma Lopes, Zé Trindade,Antonio Carlos e outros. O narrador era Antonio Luiz.
O prestígio do humorístico foi tamanho que a  loja incorporou o nome Maré mansa.
                                    E salve a Super Tupi!

Garotinho e Apolinho:
atrações da Tupi de hoje



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5 comentários:

  1. Olá,
    Encontrei o blog aeradoradioteatro por acaso, ao pesquisar sobre um programa humorístico, que, infelizmente, não me lembro do nome, apenas do quadro que, também não me lembro do comediante (não sei se era o Brandão Filho ou o Walter D'Avila).

    Não encontrei o que queria, mas, por outro lado, achei este blog riquíssimo de informações. Senti uma nostalgia profunda, da infância, do tempo das histórias do "Jerônimo, herói do sertão" (ficou registrado só o título, nem sabia com quem e de quem era), "Histórias do tio Janjão", etc.

    Estava buscando um quadro em que um contribuinte ia e voltava várias vezes de uma repartição pública para receber o "auxílio natalidade", mas sempre caía em exigência. De forma humorada, o programa ilustrava a falta de respeito do funcionário público com o cidadão. O que nada mudou de lá para cá...

    Abraços

    Lucia Regina
    http://wwwnarrativasbreves.blogspot.com.br/

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  2. O quadro era na Tv Tupi parece na Rua do Ri Ri ri
    com Milton carneiro e o portugues Manoel Viera - procure o Blog - famosos que partiram tem a biografia dos 2.

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  3. MISSA DO CENTENÁRIO DA PIANISTA MARINA MOURA PEIXOT0 (1917 – 1975)

    “A memória do mundo é curta como a vida do homem.”
    - FAUSTO WOLFF (1940 – 2008)

    As famílias Moura e Peixoto vêm convidar parentes e amigos para a celebração da MISSA DO CENTENÁRIO de sua inesquecível MARINA MOURA PEIXOTO (1917 – 1975) – pianista, musicóloga e radialista carioca – a se realizar no dia 27 de março de 2017, segunda-feira, às 18 horas, na Igreja Matriz de São João Batista da Lagoa – a mais antiga da zona sul do Rio de Janeiro (1809) – situada na Rua Voluntários da Pátria, 287, em Botafogo.

    Registros raros da laureada pianista Marina Moura Peixoto no ano do centenário de nascimento – 2017 – estão disponíveis em vídeos postados na internet:

    (https://www.youtube.com/playlist?list=PLZ9oDq8nKRs8hXs6WE865Ccfnr0alemu5)

    “As mulheres em geral são apagadas da memória, e, depois, da ...
    https://plus.google.com/101853675072605997600/posts/

    Musicóloga, radialista, orientadora e produtora musical, dedicada funcionária da extinta Rádio Ministério da Educação e Cultura – de 1941 a 1974 –, onde muito honrou o lema de Edgar Roquette-Pinto (1884 – 1954), “trabalhando pela cultura dos que vivem em nossa terra e pelo progresso do Brasil”.

    Faleceu em 26 de fevereiro de 1975, aos 57 anos de idade, vitimada por um câncer no estômago. Nunca teve os méritos reconhecidos nem recebeu homenagens. À exceção de Ricardo Cravo Albin (1943-) e Lauro Gomes Pinto (1940-), que, em 2015 – quarenta anos depois de sua morte –, lhe dedicaram um programa radiofônico cada um. E ainda o maestro Ricardo Tacuchian (1939-), que divulgou a biografia de Marina no Facebook.

    Dez anos antes, em 2005, em seu jornal FOLHA DA PRAIA, o saudoso editor Antonio Castigliola (1951 – 2010) realizou uma série de reportagens sobre a vida e obra da musicista Marina Moura Peixoto, por ocasião das três décadas de seu passamento.

    E afirmou que “o passado só tem sentido quando vivo. O verdadeiro passado não é aquilo que não existe mais. É aquilo que conserva um sentido para as nossas vidas de hoje”.

    “Pois ‘memórias’, como já dizia Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990), ‘nada mais são que a reelaboração de um mundo extinto, mas nem por isso menos real’.”

    Em 1932, aos quinze anos, por unanimidade de votos, Marina Quartin de Moura (nome de solteira) conquistou o Primeiro Prêmio, Medalha de Ouro, no Instituto Nacional de Música, atual Escola de Música da UFRJ. A trajetória brilhante de Marina Moura Peixoto, desde a infância (com menos de quatro anos já se apresentava em público) – “minúscula pianista” ou “criança prodígio”, como era chamada pela mídia à época – merece e deve ser transmitida às novas gerações.

    “Marina Moura, filha do Sr. Eduardo de Moura, é uma mimosa e excepcional pianista carioca que tem pasmado assistentes entendidos, em recitais que vem realizando desde os 4 anos de idade na Associação dos Empregados no Comércio, no Teatro Municipal e no Instituto Nacional de Música, do Rio de Janeiro, conquistando sucessivos triunfos.” ‘PIANISTA MINÚSCULA’, O BEIJA-FLOR, ano X, número 7, 1ª quinzena de abril de 1924.

    Marina chegou a ser comparada a Magdalena Tagliaferro (1893 – 1986), mas, em 1945, interrompeu a brilhante carreira artística para se casar – depois de um namoro de sete anos – com o médico e jornalista Perilo Galvão Peixoto (1913 – 2002), com quem teve dois filhos, Fernando (1946-) e Teresa Cristina (1951-) de Moura Peixoto.

    Desde 1941 na antiga Rádio Ministério da Educação e Cultura, a então poderosa Rádio MEC – onde alcançou cargo de chefia –, Marina Moura Peixoto produziu diversos programas que marcaram época, entre eles, “Atendendo aos Ouvintes”, “Em Resposta A Sua Carta”, “Música de Todos os Tempos”, “Música, Apenas Música” e “Quartetos”. Colaborou também no jornal Diário de Notícias, com artigos sobre música erudita.

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  4. ERA DE OURO DO RADIO NACIONAL, CRESCI OUVINDO RADIO, GOSTO MUITO DE RÁDIO, ARABENS A RADIO TUI.

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    1. Grande abraço Vanderley Rozendo e obrigado por ter visitado meu blog. Temos algo em comum: também cresci ouvindo rádio! Felicidades!

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