Hélio do Soveral, Oduvaldo Viana e um jovem que despontava: Haroldo Barbosa.
Na época a maioria dos profissionais era auto-didata.Aprendiam vendo os outros fazerem e aliavam os conhecimentos e observações à criatividade de cada um. Foi por ai que começam a despontar os gênios do velho rádio, fazendo com que o veículo introduzido pelo sábio Edgard Roquette-Pinto, se transformasse em menos de uma década no veículo de maior penetração e popularidade no Brasil.
E Haroldo Barbosa foi um dos mais aplicados "alunos" desse período.Seu talento não tinha limites.
Na ânsia de criar e produzir, foi de tudo em rádio. Discotecário, contrarregra, compositor,produtor de programas humorísticos e outros de cunho mais sério. Possuía um texto coloquial, que atraia o público e que contribuiu para o rádio falar com beleza, correção e clareza.
Atuou na Rádio Philips, e depois na Mayrink Veiga. Foi no Programa Cazé que teve espaço para fazer tudo que sua criatividade permitia.Seu talento logo atrairia o jovem produtor para as grandes emissoras da época: Tupi e Nacional. Voltou depois à Mayrink, quando, já então nos anos cinquenta, para conduzir a emissora ao topo da audiência com seus programas humorísticos. Tais programas revelaram jovens talentos que surgiam e faziam sucesso com seus textos. Vamos recordar alguns: Zé Trindade, Germano, Wellington Botelho, Ema e Walter Dávila, Nancy Wanderley, Nádia Maria, Therezinha Nascimento e outros.
Adhemar Casé: importante para Barbosa em seu início
Carlos Henrique e Cid Moreira:
dupla de locutores dos programas que Haroldo escrevia para a Mayrink.
Jovem Cid Moreira, início da carreira no rádio carioca:
contemporâneo de Barbosa na Mayrink dos anos 50.
Haroldo Barbosa no auge de sua carreira na televisão.
Nancy Wanderley: atriz dramática.
Passou a fazer humor com os textos de Barbosa e Max Nunes.
Foi a primeira esposa de Chico Anysio nos tempos de Rádio Mayrink Veiga.
Nancy, Chico Anysio e o filho do casal: Lug de Paula, o Seu Boneco da Escolinha do Professor
Raimundo
Zé Trindade: atracão nos humorísticos de Haroldo Barbosa na Rádio Mayrink Veiga,
despontou para o estrelato.
“A cidade se diverte” entrava no ar com
uma marchinha gostosa, que dizia assim:
A cidade se diverte,
Vamos todos gargalhar.
Faz de conta que a tristeza
Foi morar noutro lugar.
A cidade se diverte,
Quá, quá, quá.
Faz de conta que a tristeza,
Foi morar noutro lugar!
Haroldo Barbosa escreveu
também em 1952 “Favelinha”. Barbosa
tinha o dom de engendrar histórias engraçadas que iam sendo vividas pelos
atores. Não havia piadas em profusão, mas situações hilárias. Os personagens
eram habitantes de uma favela fictícia, daí o nome do programa.
Já pensaram num programa com tais
personagens e vivido nesse ambiente hoje, com esse título? Certamente seria
alvo de críticas. Mas naquela época ninguém dava conta disso.
“Favelinha” tinha personagens e
intérpretes fixos: o de João Fernandes era um tipo sofredor em que tudo de ruim
acontecia com ele.
Abel Pêra, tio de Marília Pêra, viviam um português dono
de um mercearia e que vivia sempre de olho numa mulata que morava nas
imediações. Hamilton Ferreira era o dono
da casa que recebia os amigos e onde a maioria das coisas acontecia. E Otávio
França era uma espécie de “sabe tudo” do pedaço.
“Favelinha” ia ao ar aos sábados às 8 da noite, sob o patrocínio
do Talco Ross.
Temos ainda mais o que dizer de Haroldo Barbosa. Continuem conosco neste meu blog.
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