A formação de Barbosa começou no rádio. Entrou para o lendário Programa Casé. Embora tenha nascido em Laranjeiras, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, frequentava muito Vila Izabel. Um rapaz chamado Hélio, irmão mais moço de Noel Rosa , levou Haroldo Barbosa à presença dele. Noel levou então o jovem Haroldo para trabalhar no Programa Casé. Lá ele fazia de tudo. Desde locutor a redator e era também contrarregra.
Gênio multimídia: brilho no rádio, na televisão,no jornalismo e na música.Enorme capacidade criativa, esparecia no finais de tarde no Bar Villarino, Centro do Rio de Janeiro.
Cesar Ladeira o levou para a Rádio Philips,
quando ele era apenas uma promessa
Foi na Rádio Philips que ele deslanchou, revelando-se extremamente criativo e versátil. No rádio dos anos 40, 50 e 60 produzia programas, escrevia belos textos e compunha versões de sucessos internacionais para Francisco Alves cantar na Rádio Nacional.
HAROLDO PASSEIA ENTRE A TUPI E A NACIONAL.
na Rádio Tupi, passou a escrever programas de humor e trabalhando em musicais de larga audiência.
Esteve na Nacional onde produzia "Um Milhão de Melodias" e Rádio Almanaque Kolynos.
E ELE NÃO RESISTE À TV.
Em 1957 ingressou na televisão, e foi redator de alguns dos mais célebres programas humorísticos da telinha, como o Chico Anysio Show, O Riso É o Limite e O Planeta dos Homens, ao lado de Max Nunes.
Primeiro time da TV Globo anos 70':
Mauricio Sherman, Haroldo Barbosa, Max Nunes e Rubens Amaral.Dessa reunião surgiriam os grande humorísticos do canal.
Humor na Tevê: Jô Soares, Chico Anysio, Max Nunes e o talento de Haroldo Barbosa.
Lembram-se de Faça Humor Não Faça Guerra?Renato Corte Real e Jô.
LETRISTA E AUTOR DE VERSÕES. A carreira começou em meados da década de 40, quando trabalhava na Rádio Nacional, em um programa estrelado por Francisco Alves. Com acesso fácil às mais recentes novidades musicais vindas do exterior, Haroldo passou a fazer versões para que o Rei da Voz as cantasse em primeira mão. Mas muitos outros cantores da época também fizeram sucesso cantando as versões de Haroldo Barbosa.
Francisco Alves:
música brasileira e os sucessos internacionais em versões de Haroldo Barbosa.
Albertinho Fortuna: tangos em português versão Haroldo Barbosa.
Alguns o criticaram por traduzir melodias estrangeiras que os cantores famosos interpretavam. Ele dizia simplesmente: "se o cantor cantar em inglês, francês ou espanhol, as pessoas não vão entender. Passo para o português mantendo o espírito da letra e todos sentem a música"!Lembram-se desse tango?
Adeus muchachos, companheiros desta vida,
Adeus amigos, meus camaradas,
Já chega o tempo, de empreender a retirada,
Chegou o dia do adeus, rapaziada,
Adeus amigos, eu me vou resignado,
Sem tristes queixas, sentimentais,
Já terminaram, para mim todas as farras,
Meu corpo exausto, não resiste mais.
Perfumes do oriente,
Alcovas de cetim,
Um beijo, um riso ardente,
Um paraíso enfim,
Mulheres, juventude,
Amores, alegria,
A vida inteira passa,
Em louca fantasia,
Á prata em meus cabelos,
Cansaço em minhas mãos,
No peito eu sinto gelo,
Em vez do antigo ardor,
Não há mais sol, há sombras,
Nos dias meus,
Adeus rapaziada,
Adeus, adeus.
. Um de seus primeiros sucessos fora da área das versões, a marcha "Barnabé" (com Antônio Almeida), uma sátira ao funcionalismo público, passou a designar desde então o próprio setor profissional, cunhando a expressão que vigora até hoje. Fez música em parceria com diversos compositores, como Geraldo Jacques ("Joãozinho boa-pinta, "Tim tim por tim tim" na voz dos Cariocas), Lúcio Alves ("De conversa em conversa" na voz de Isaurinha Garcia e Os Namorados da Lua), Janet de Almeida ("Eu quero um samba" na voz dos Namorados da Lua, "Pra que discutir com madame?"), Luiz Reis ("Devagar com a louça", "Só vou de mulher" na voz de Ivon Curi, "Nossos momentos", "Meu nome é ninguém" na voz de Miltinho), vários deles gravados por intérpretes como Miltinho, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro e Nora Ney. Seu irmão Evaldo Ruy também se consagrou na música popular como letrista.
Miltinho: estrondoso sucesso com as composições de Haroldo e Luiz Reis. Lembram-se dessa, cuja letra está abaixo?
Foi assim
A lâmpada apagou
A vista escureceu
Um beijo então se deu
E veio a ânsia louca
Incontida no amor
E depois daquele beijo então
Foi tanto querer bem
E alguém dizendo a alguém
Meu bem só meu - meu bem
Nosso céu onde as estrelas cantavam
De repente ficou mudo
Foi-se o encanto de tudo
Quem sou eu - quem é você
Foi assim só Deus sabe quem
Deixou de querer bem
Não somos mais ninguém
O meu nome é ninguém
E o seu nome também
A lâmpada apagou
A vista escureceu
Um beijo então se deu
E veio a ânsia louca
Incontida no amor
E depois daquele beijo então
Foi tanto querer bem
E alguém dizendo a alguém
Meu bem só meu - meu bem
Nosso céu onde as estrelas cantavam
De repente ficou mudo
Foi-se o encanto de tudo
Quem sou eu - quem é você
Foi assim só Deus sabe quem
Deixou de querer bem
Não somos mais ninguém
O meu nome é ninguém
E o seu nome também
Luiz Reis, música. Barbosa, poesia: Dupla de sucesso.
Noel Rosa: seu irmão Hélio, apresentou o amigo Haroldo Barbosa ao Poeta da Vila
João Gilberto descobre: as composições de Barbosa se encaixavam na Bossa Nova.Ai vai um exemplo com este samba que Barbosa fez de parceria com Lúcio Alves.
Oi de conversa em conversa
Você vai arranjando um meio de brigar
Oi de palavra em palavra você está querendo
É nos separar
Parece até que o destino uniu-se com você
Só pra me maltrata
Pois cada dia que passa é mais uma tormenta
Que eu deixei ficar
Nosso viver não adianta
É melhor juntarmos nossos trapos
Arrume tudo que é seu
Que vou separando os meus farrapos
Vivendo dessa maneira continuar é besteira
Não adianta não, não, não
O que passou é poeira
Deixa de asneira que eu não sou limão
Não sou limão, eu não!
Você vai arranjando um meio de brigar
Oi de palavra em palavra você está querendo
É nos separar
Parece até que o destino uniu-se com você
Só pra me maltrata
Pois cada dia que passa é mais uma tormenta
Que eu deixei ficar
Nosso viver não adianta
É melhor juntarmos nossos trapos
Arrume tudo que é seu
Que vou separando os meus farrapos
Vivendo dessa maneira continuar é besteira
Não adianta não, não, não
O que passou é poeira
Deixa de asneira que eu não sou limão
Não sou limão, eu não!
Evaldo Ruy irmão: grande amigo de Barbosa,
Evaldo era apaixonado por Eliseth e a apresentou a Barbosa.
Eliseth Cardoso, grande interprete das músicas de Luiz Reis & Haroldo Barbosa.
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