Os programas transmitidos do auditório e que não eram programas de auditório contavam com um público selecionado e comportado. Aliás, os programas que eram dessa linha, contavam com a participação de músicos e
atores todos vestidos a rigor. Havia no vigésimo andar uma chapelaria onde as
mulheres guardavam seus vestidos longos e os homens seus ternos a rigor. Nessa
chapelaria eram depositadas também as caixas dos instrumentos. Durante o ensaio
ficavam todos com seus trajes normais. Ao aproximar-se a hora do programa ir ao
ar, trocava-se de roupa e retocava-se a maquiagem.
A grande orquestra da Nacional apresentava-se a rigor.
Aos domingos durante o dia havia o programa
do Paulo Gracindo, que abrigava vários subprogramas, como o Rádio-semana ou o Doutor Infezulino com Oswaldo Elias. Eram humorísticos com números
musicais, muito riso e muita alegria, mas sem a barulhenta presença de fãs
clubes ou macacas de auditório como alcunhou Miguel Gustavo.
Ainda aos domingos à noite, após o futebol
começava No tabuleiro da baiana, A felicidade bate à sua porta, seguido
de Tancredo e Trancado, um musical
com Ivon Curi ou Dick Farney, para as 21 horas entrar o Nada além de dois minutos e finalmente o Papel carbono. Era uma programação com radioteatro, humor e música
que recebia uma plateia descontraída, mas civilizada.
Era, portanto, nos programas de auditório
com prêmios, animadores e artistas que possuíam fãs clubes que a coisa
degringolava. A Nacional tinha Marlene, Emilinha e Cauby Peixoto. A Mayrink
tinha Ângela Maria e a Tupi apresentava
Dalva de Oliveira, Linda e Dircinha Batista. Era uma loucura produzida.
Jamais
artistas de radioteatro despertaram
loucura ou chilique no público,
simplesmente porque eles não possuíam esquemas de promoção.
A Felicidade Bate a sua porta no Meier: Emilinha e Heber de Bôscoli faziam o programa das ruas.Iara Sales ficava no auditório.
Renato Murce e seu Papel Carbono: revelando grandes nomes do rádio.Aqui com o estreante Baden Powell.
Emilinha cantava no programa de Cesar de Alencar nas tardes de sábado na Nacional.
Marlene começou no programa do Cesar nos anos 40. Depois passou a ser atracão no programa de Manoel Barcelos.
Linda Batista, Rainha do Rádio várias vezes reinou no auditório da Tupi.
Marlene e Emilinha deixaram de cantar nos mesmos programas para as fãs não se encontrarem.
Black-Out: alegria musical no auditório da Nacional.
Nora Ney e Esther de Abreu atuavam tanto nos auditórios como nos programas montados no grande estúdio.
Nora Ney: atração nos programas noturnos, também se apresentava nas tardes de quintas-feiras
no programa de Manoel Barcelos.
Anos 50: Trio Irakitan e o narrador Odair Marzano.
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